Siga a folha

Descrição de chapéu Folhajus

Ministério Público investiga PRF após extinção de Comissões de Direitos Humanos

Em despacho, obtido pela Folha, procuradora cita retrocessos e pede explicações para diretor-geral da corporação

Assinantes podem enviar 5 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Brasília

O MPF (Ministério Público Federal) abriu uma investigação contra a PRF (Polícia Rodoviária Federal) pela extinção das Comissões de Direitos Humanos da corporação.

No despacho, obtido pela Folha, a procuradora Mariane Oliveira diz que a apuração deve identificar "eventuais retrocessos na tutela e proteção dos Direitos Humanos no âmbito daquela instituição".

A investigação, feita pela Procuradoria da República em Goiás, foi aberta no dia 7 de maio.

No início do mês, o diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, editou uma portaria revogando o funcionamento e as competências das Comissões de Direitos Humanos.

Cartazes com o lema 'Justiça por Genivaldo', em protesto no Rio contra morte de detido pela PRF em Sergipe - Mauro Pimentel - 27.mai.2022/AFP

Os colegiados tinham, entre suas atribuições, o dever de acompanhar processos disciplinares contra agentes envolvidos em casos de desrespeito aos direitos humanos.

O caso ganhou notoriedade após agentes da PRF matarem Genivaldo de Jesus Santos, 38, na quarta-feira (25).

Ele morreu depois de ser preso no porta-malas de uma viatura com uma bomba de gás lacrimogêneo.

O IML (Instituto Médico Legal) confirmou a morte por insuficiência respiratória aguda provocada por asfixia mecânica.

Os agentes envolvidos no caso foram afastados dos serviços de patrulhamento e respondem a processos disciplinares.

No dia 13 de maio, a procuradora Mariane Oliveira enviou um ofício a Silvinei Vasques para questionar os motivos da extinção das Comissões de Direitos Humanos.

"Tendo em vista a revogação das respectivas Comissões de Direitos Humanos, solicito-lhe que informe de que maneira a garantia desse direito fundamental de suma importância será assegurado pela referida instituição."

O diretor-geral da PRF tem 20 dias para dar esclarecimentos ao MPF.

Procurada pela reportagem, a PRF não se manifestou.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas