Siga a folha

Descrição de chapéu Obituário Aécio Flávio Teixeira de Góis (1971 - 2022)

Mortes: Foi exemplo para docentes e estudantes

Aécio Flávio Teixeira de Góis deixou o Rio Grande do Norte, seu estado natal, para se dedicar à formação de médicos em SP

Assinantes podem enviar 5 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

São Paulo

Símbolo para docentes e espelho para gerações de médicos formados pela Escola Paulista de Medicina da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), o professor Aécio Flávio Teixeira de Góis dedicou 20 de seus 51 anos para a educação.

"Ele estendia a mão para quem precisasse. A inclusão, principalmente de alunos mais pobres, o deixava extremamente alegre. Aécio abriu muitos caminhos e conseguiu ser exemplo de dedicação para os estudantes, pacientes e colegas", diz o amigo João Aléssio Perfeito, professor da Escola Paulista de Medicina.

Nascido em Caicó, Rio Grande do Norte, Aécio se formou em medicina pela UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte) em 1994. Dois anos depois, em 1996, deixou o estado para ingressar nos programas de residência em clínica médica e cardiologia da USP (Universidade de São Paulo).

Aécio Flávio Teixeira de Góis (1971-2022) - Arquivo pessoal

Ainda residente, Aécio já mostrava, além de toda competência, sua boa vontade e empatia para ensinar, conta Maria do Patrocínio Nunes, professora da Faculdade de Medicina da USP.

O médico odiava o frio de São Paulo e sempre retratava, saudosista, a paisagem paradisíaca que tinha enquanto aluno da UFRN. Praia e sol, além de dias sempre ensolarados.

Ao fim da sua residência na USP, em 2000, voltou para o Rio Grande do Norte, passagem que durou pouco. Em 2002, iniciou sua jornada na Unifesp.

O bom humor de Aécio era marcante, mesmo nos momentos mais tensos. O professor tratava a todos com palavras leves e afagos calorosos, o que lhe rendeu amigos e admiradores por onde passou. Para os pacientes, era símbolo de cuidado e amor à profissão.

Homenagens não o faltaram em vida. Era a escolha favorita dos formandos para paraninfo, a referência profissional e pessoal para a turma. Gostava de estar entre os alunos. Advertia e instruía com o mesmo sorriso no rosto.

Aécio deixa, além dos ensinamentos e gargalhadas, um legado para as próximas gerações de médicos brasileiros. Ele foi um dos responsáveis pela reestruturação do currículo da Escola Paulista de Medicina.

"Perdemos nós, toda a sociedade brasileira. Aécio, meu amigo, serve de inspiração. É muito difícil aceitar a perda de alguém tão jovem e potente. Segue seu legado por meio de tantos que foram instruídos por ele", declara Maria do Patrocínio Nunes.

Aécio morreu no último dia 1º de agosto, aos 51 anos. Ele estava internado em decorrência da Covid. O professor deixa seu marido, Marcelo.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

Veja os anúncios de mortes

Veja os anúncios de missa

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas