Descrição de chapéu Obituário Giovanni Paolo Momo (1939 - 2022)

Mortes: Viveu entre a música clássica e a arte de fazer pizza

Giovanni Paolo Momo fundou a 1900; a primeira unidade da pizzaria ocupa um imóvel da família, na Vila Mariana, zona sul de São Paulo

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São Paulo

Para Giovanni Paolo Momo, a harmonia era importante na música e nos negócios. Ele dizia que, para reger uma orquestra, o maestro precisa entender o papel de cada músico. A analogia entre as duas áreas justificava a exigência para que tudo funcionasse com perfeição.

Giovanni nasceu em Turim, na Itália. Órfão de pai e filho único, aos três anos, mudou-se com a mãe para São Paulo.

Foi o bairro de Vila Mariana, na zona sul da capital paulista, que viu Giovanni crescer. Lá, passou da adolescência para a idade adulta, tornou-se músico e empresário de sucesso.

Giovanni Paolo Momo (segundo à direita) com filhos e netos
Giovanni Paolo Momo (segundo à direita) com filhos e netos - Arquivo pessoal

A primeira carreira que abraçou foi na música clássica. Frequentou a universidade e prestou concurso para a orquestra sinfônica municipal. Para assumir o cargo, naturalizou-se brasileiro.

Na orquestra, foi o primeiro viola. Depois, estudou regência e tornou-se maestro.

No sítio da família em Juquitiba (a 72 km da cidade de São Paulo), gostava de fazer pizza para os amigos no forno que construiu —Giovanni tinha muitas habilidades.

Incentivado por eles, abriu a primeira unidade da 1900 na Vila Mariana, num imóvel que pertence à família. Lá chegou a morar quando criança. O casarão onde funciona o estabelecimento foi construído no início do século 20, por isso 1900.

"O galpão da Vila Mariana estava alugado para uma serralheria. Quando o local vagou, meu pai ficou em dúvida se montaria um estúdio de música ou a pizzaria", afirma o empresário Edrey Momo, 53, um dos filhos de Giovanni.

A primeira unidade foi aberta em 1983. Hoje, são dez, das quais duas para delivery.

Após poucos anos à frente da pizzaria, Giovanni entregou a gestão ao filho Edrey, quando este completou 18 anos.

Com a parceria de João Fernandes Maciel, um funcionário que se tornou sócio, Edrey gerenciou a empresa por 25 anos e, depois, passou o comando ao irmão Erik Momo, 51.

Giovanni retomou sua história na música, com atuações nas orquestras sinfônica municipal e L’Estro Armonico.

Ele morreu no dia 3 de agosto, aos 83 anos, completos em 14 de julho. Ele estava com um quadro de saúde delicado. Deixa a mulher Kátia César Momo, 78, com quem se casou em 1966, dois filhos, cinco netos e uma bisneta.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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