Humorista Eddy Junior sofre ofensas racistas dentro de seu condomínio
Procurada, suspeita disse que a vida privada 'é inviolável' e bloqueou número da reportagem
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O humorista e músico Eddy Junior, 27, foi alvo de ofensas racistas proferidas por uma mulher de acordo com vídeos divulgados por ele em suas redes sociais. Nas imagens, ela o chama de macaco e se nega a entrar no elevador ao seu lado.
O caso aconteceu em um condomínio na Barra Funda, zona oeste de São Paulo.
A mulher foi identificada em um boletim de ocorrência como a aposentada Elisabeth Morrone, 69, também moradora do prédio. Procurada pela reportagem nesta quarta (19) por telefone e aplicativo de mensagens, ela disse que a vida privada "é inviolável" e bloqueou o número da reportagem.
Em um trecho do vídeo é possível ouvir a mulher afirmar "cai fora macaco", além de chamar o artista de "imundo".
"Macaco, imundo, feio, urubu, neguinho, um perigoso que não merece morar aqui, uma pessoa que oferece riscos para os moradores desse condomínio, foi isso tudo que eu tive que ouvir ontem [segunda-feira] por ser preto", escreveu Eddy ao compartilhar o vídeo.
Segundo ele , a mulher começou em abril a reclamar que ele fazia muito barulho —algo que o humorista nega.
No dia 7 de setembro, o humorista disse que o filho da aposentada o ameaçou. Imagens de uma câmera de monitoramento mostram o homem empunhando uma faca em frente à porta do apartamento de Eddy, que não estava em casa naquele momento.
O humorista também compartilhou nas redes sociais gravações de uma pessoa que ameaça matá-lo —de acordo com ele, a voz que aparece no arquivo é do filho da vizinha.
Por isso, Eddy registrou um boletim de ocorrência contra os dois no próprio dia 7.
No documento, a aposentada afirmou que a confusão teria ocorrido pelo fato de o vizinho fazer muito barulho.
Por meio de sua assessoria de imprensa, Eddy afirmou ter saído de casa, "por questão de segurança" e que está muito abalado com a situação.
A SSP (Secretaria Estadual da Segurança Pública) não respondeu se alguma delegacia está investigando o caso. Procurada por telefone e email, a administração do condomínio no qual os dois moram também não respondeu.
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