Siga a folha

Descrição de chapéu chuva

Helena Rizzo acolhe turistas argentinas que ficaram ilhadas na Barra do Sahy

Grupo estava hospedado em morro de São Sebastião (SP) que registrou deslizamento de terra

Assinantes podem enviar 5 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

São Paulo

Na manhã do último domingo (20), desabrigados da Barra do Sahy, no litoral norte paulista, foram chegando a um condomínio de alto padrão.

Abatidos, estavam cobertos de lama. Eram, em sua maioria, funcionários das casas de veraneio e estavam acompanhados de suas famílias. No fim, viram-se abrigados nos mesmos locais onde trabalham.

Entre as pessoas afetadas pela tragédia também estavam seis argentinas, que visitavam São Sebastião pela primeira vez. Ao lado do local onde as turistas se hospedaram, no sopé de um morro, a força da enxurrada derrubou uma casa.

No morro onde alugaram a residência, já não era possível ficar por causa do risco de um novo desabamento.

Área atingida por deslizamento de terra na Barra do Sahy, em São Sebastião - Bruno Santos/Folhapress

"Elas estavam muito assustadas, não estavam entendendo o que estava acontecendo", afirma a chef Helena Rizzo, que comanda o restaurante Maní, na capital paulista, e é jurada do MasterChef.

Rizzo as acolheu na casa em que estava, que também fica na Barra do Sahy.

O imóvel estava sem luz, sem internet e sinal de celular. Boa parte do terreno estava alagado, mas havia água de um poço artesiano para que todos pudessem usar.

O acolhimento foi costurado pela responsável pelas casas, que havia alugado tanto o imóvel onde ficaram as argentinas quanto o imóvel onde estava Rizzo.

As argentinas também viram os dois carros que alugaram acabarem soterrados pela lama. Elas ainda tentaram, em vão, salvar os veículos, que não tinham seguro.

"Estavam chateadas e muito cansadas", afirma Rizzo.

Elas ficaram na casa da cozinheira até a manhã da Quarta-Feira de Cinzas. Foram embora num barco que as levou, sob chuva, até Barra do Una.

O condomínio também serviu de abrigo para moradores que perderam parentes e aguardavam um destino que não fosse provisório. A despensa da cozinheira foi inteiramente destinada às vítimas, ela diz.

"Eu fiquei muito mal", diz Rizzo. "Para mim, ali é o lugar onde vou para descansar, que eu vou para ficar com minha família e meus amigos, de alegria e de descanso. E ficamos com algo muito ruim no peito quando fomos embora. Ficamos sem saber o que fazer e muito angustiados por não saber como ajudar."

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas