Justiça condena donas de creche acusadas de amarrar crianças em SP
OUTRO LADO: Defesa diz que sentença é contrária à evidência dos autos e vai recorrer; diretora recebeu pena de 49 anos de prisão
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A Justiça de São Paulo condenou as duas donas e uma funcionária da escola infantil Colmeia Mágica pelo crime de tortura e maus-tratos contra nove crianças na instituição particular, localizada no Jardim Vila Formosa, na zona leste paulistana. As rés também vão responder pelo crime de associação criminosa.
Dona da creche, Roberta Serme recebeu a maior pena e foi condenada a 49 anos e 9 meses de prisão em regime fechado. Sua irmã e sócia, Fernanda Serme, recebeu pena de 13 anos em regime semiaberto. A funcionária Solange Hernandez foi condenada a 31 anos em regime fechado.
O advogado de defesa das rés, Eugênio Malavasi, disse que irá recorrer da decisão. "A sentença é totalmente contrária à evidência dos autos e a todo o regramento que rege os critérios estabelecidos na aplicação da pena", disse.
A instituição particular passou a ser investigada pela polícia após vídeos que mostram crianças amarradas com lençóis serem compartilhados na internet, em março do ano passado.
Roberta, diretora da escola, e Fernanda Serme estão presas. A funcionária responde em liberdade.
Na ocasião das prisões das irmãs, a defesa disse acreditar que alguém forjou a situação para prejudicar as acusadas. Elas também negaram em depoimentos ter conhecimento sobre as cenas de tortura contra crianças. A defesa declarou que o colégio busca descobrir quem fez as gravações e quem colocou as crianças naquela situação.
Segundo a Promotoria, funcionários e ex-funcionários da Colmeia Mágica afirmam que as crianças eram colocadas em bebês-conforto, amarradas com lençóis, quando choravam com insistência.
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