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Descrição de chapéu Obituário Silvan Alves (1962 - 2023)

Mortes: Jornalista nato, foi referência em reportagem policial

Silvan Alves fez carreira no rádio e nunca desgrudava da notícia

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São Paulo

O sucesso de Silvan Alves era atestado pela audiência onde quer que trabalhasse. Fosse nas rádios Mirante e Timbira, ou na rede Difusora de televisão, no Maranhão, ele cativou o público com um talento nato e lapidado ao longo da carreira.

Conseguia transitar entre programas de música e a sua marca registrada, o jornalismo policial, sem perder o estilo irreverente.

Mas ele foi descobrir a veia jornalística e a paixão pelo rádio longe de casa, ainda adolescente, no Rio de Janeiro. O amigo e também jornalista Robson Paz, 45, lembra a história que Silvan contava sobre o começo da jornada.

"Depois de um castigo dos pais, ele embarcou num caminhão de abastecimento de hortifrúti e foi de carona até o Rio de Janeiro", narra.

Silvan Alves (1962-2023) - Arquivo pessoal

Em uma entrevista ao Museu da Memória Audiovisual do Maranhão, Silvan também falou sobre a peripécia.

"Sempre fui muito travesso, e depois dessa briga, saí mesmo de casa. Queria chegar à casa de uma tia, mas não sabia o endereço. Morei na rua." Ele foi ajudado por uma senhora que distribuía sopa e conseguiu um quarto para ele em uma favela no Rio.

Com o gosto pelo rádio, se aproximou de uma emissora comunitária que fazia anúncios e emitia boletins de utilidade pública. Nunca mais largou o microfone.

Nos anos 1980, Silvan trabalhou como repórter em Brasília antes de voltar ao Maranhão no final da década. Passou pela extinta rádio Ribamar e chegou à rádio Mirante, onde começou a conquistar fãs —incluindo o amigo Robson.

"Conheci o Silvan como ouvinte dos programas policiais que ele fazia", conta. "Ele sempre dizia que precisava de uma dose de humor ou irreverência para amenizar as notícias muito trágicas." Os dois trabalhariam juntos no diário O Imparcial e na rádio Timbira.

O gosto por jornalismo era parte da rotina de Silvan. A filha Suliane Alves Pinheiro, 22, afirma que o pai era jornalista do momento em que ele saía de casa para os primeiros trabalhos, às 4h, até o descanso em frente à televisão. "Ele relaxava vendo o noticiário."

O repórter estava sob os cuidados da família desde 2021, quando sofreu um acidente vascular cerebral. Enfrentou um infarto, pneumonias e outras complicações. Morreu em 20 de fevereiro, após ser levado ao pronto-socorro por causa de febre.

Deixa a mulher, Maria José Lima, 53, e os filhos Sullivan Alves, 22, e Suliane.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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