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Trecho norte do Rodoanel terá cobrança de pedágio por km percorrido

Sistema free flow será adotado na última parte do anel viário, que ainda segue em obras

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São Paulo

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), prometeu implantar o sistema free flow (fluxo livre, em inglês) para cobrar pedágio dos motoristas no trecho norte do Rodoanel, que dez anos depois do início de suas obras ainda está em fase de conclusão.

O sistema é composto por uma câmera que faz leitura das placas e é capaz de identificar demais características como altura, dimensões e largura dos veículos, e se trata de caminhões, carros ou moto, por exemplo. A cobrança será feita por quilômetro rodado.

Obras inacabadas do trecho norte do Rodoanel, na capital paulista - Danilo Verpa - 13.mar.2023/Folhapress

A gestão disse que tem a intenção de replicar o uso desta tecnologia nas demais rodovias, mas não detalhou a partir de quando começará as instalações.

"Vamos aposentar todas as praças de pedágio em todo o estado de São Paulo. Com o sistema, o motorista passa a pagar uma tarifa mais justa pelo que realmente utiliza da rodovia, e de forma mais simples e ágil", afirmou Tarcísio.

O trecho norte do anel viário tem 44 km de extensão, entre as cidades de Arujá, Guarulhos e São Paulo. A obra ajudará a desafogar o trânsito na marginal Tietê. Ao todo, o Rodoanel terá cerca de 176 quilômetros de extensão.

Em março, o consórcio Via Appia Fundo de Investimento em Participação foi o vencedor para conclusão das obras do trecho norte e irá explorar o sistema viário por 31 anos. Segundo o edital, o investimento estimado será de R$ 3,4 bilhões ao longo desses anos.

Desse montante, cerca de R$ 2 bilhões devem ser destinados à conclusão das obras, com o restante usado na operação e manutenção da rodovia, que terá a supervisão da Artesp (Agência de Transportes do Estado de São Paulo).

O governo não informa uma data prevista para conclusão das obras.

A construção do trecho norte do Rodoanel foi iniciada em 2013 e está paralisada desde 2018. A obra foi orçada inicialmente em R$ 4,3 bilhões, mas, até 2019, já tinha consumido cerca de R$ 6,85 bilhões, tendo se tornado alvo de investigação por suspeitas de superfaturamento e corrupção.

As empreiteiras que integravam os consórcios, como Coesa (ex-OAS) e Mendes Júnior, foram fortemente atingidas financeiramente pela operação Lava Jato, entraram em recuperação judicial e foram declaradas como inidôneas pela União.

Em março, a Coesa chegou a apresentar um mandado de segurança para tentar suspender o leilão, mas teve o pedido negado pela Justiça. A empresa ainda tentou suspender o leilão por meio de um pedido de impugnação no TCE-SP (Tribunal de Contas do Estado de São Paulo), mas que também foi negado. A incorporadora alega que tem direito a indenização devida pelo estado por investimentos que realizou na obra.

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