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Descrição de chapéu Obituário Walter Pitombo Laranjeiras (1933 - 2023)

Mortes: Amante do vôlei, dedicou a vida ao desenvolvimento da modalidade

Walter Pitombo Laranjeiras, o Toroca, construiu sólida carreira como dirigente do esporte

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São Paulo

Walter Pitombo Laranjeiras, o Toroca, dizia respirar vôlei desde o nascimento. Praticante até quando as articulações permitiram, amava o esporte.

Ao assumir a presidência da CBV (Confederação Brasileira de Voleibol) em 1995, realizou um sonho. Na oportunidade, já era sexagenário, mas a conquista lhe deu o fôlego de uma criança.

Toroca se afastou da função pouco depois. Em 2014, voltou ao poder da entidade e, por duas vezes, foi reeleito. Primeiro em 2017, depois em 2021 —quando a oposição concorreu pela primeira vez em 45 anos. Durante seus mandatos, o Brasil conquistou sete medalhas olímpicas na modalidade (três ouros, três pratas e um bronze).

Adorava assistir in loco aos confrontos das seleções, especialmente aos jogos das categorias de base. Vangloriava o passado, mas o que o deixava mais feliz era falar do futuro.

Walter Pitombo Laranjeiras (1933-2023) - Divulgação/ CBV

Natural de Penedo, em Alagoas, ele nasceu em 30 de setembro de 1933. Nos primórdios da adolescência, já cultivava grande paixão pelo esporte olímpico. Encontrou-se no voleibol, quando a bola ainda era branca e o saque viagem não havia sido criado.

Jogador esforçado, compôs a seleção de voleibol de seu estado natal por anos. Na época, ainda havia campeonato brasileiro entre seleções convocadas por federações. Era um orgulho estar presente. Aposentado, elegeu-se presidente do CRB, que disputa o posto de mais importante clube daquele estado com o CSA, e da Federação Alagoana de Voleibol, cargo a alçá-lo ao estrelado da gestão esportiva.

Ainda em Alagoas, participou ativamente da política. Foi deputado estadual, vereador e presidente da Câmara Municipal de Maceió. Isso durante os anos 1990.

"O voleibol brasileiro perde um líder, uma referência. Eu, particularmente, perco um dos maiores amigos que tive na vida. É difícil encontrar palavras para descrever o Toroca, uma pessoa especial, inteligente, leal. Um amigo e parceiro, dedicado ao esporte e à família", diz Radamés Lattari Filho, técnico da seleção brasileira masculina de vôlei entre 1997 e 2000 e agora presidente em exercício da Confederação Brasileira de Voleibol.

"Tenho muito o que agradecer ao Toroca. Ele me ajudou bastante, principalmente no início da minha carreira. Tenho carinho por tudo que ele fez por mim e pelo voleibol brasileiro", diz José Roberto Guimarães, técnico da seleção feminina.

Toroca estava havia anos afastado de suas funções de mandatário, vivendo em Maceió. Idade e saúde pesavam. Mesmo assim, fazia questão de estar presente virtualmente e palpitar em quaisquer temas. Por isso, foi fácil perceber seu repentino sumiço na manhã do último 31 de maio. Estava morto desde aquela madrugada, aos 89 anos. Deixou sua esposa, Dinah, e seu filho, Gustavo.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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