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Descrição de chapéu Obituário Maura Maria da Silva (1937 - 2023)

Mortes: Cozinheira talentosa, dedicou a vida à família e à fé

Maura Maria da Silva é lembrada por familiares como pessoa positiva e que pregava a paz

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São Paulo

Nascida em 1936, Maura Maria da Silva ainda era adolescente quando se mudou junto com o resto da família, natural de Paraisópolis (MG), em busca de vida nova na capital paulista.

Terceira de cinco irmãos, como todos teve que trabalhar para ajudar nas contas da casa, mas logo começou a namorar e em poucos anos estava noiva. "O padre não queria fazer o casamento porque ela e o meu cunhado tinham um parentesco. Então, eles foram de volta para Minas e se casaram na nossa cidade", lembra a irmã mais nova, Maria José Gabriel do Rego, 84.

No retorno a São Paulo, o casal escolheu morar na Vila Industrial, bairro na divisa com Santo André, ainda na década de 1950. Foi lá que o marido, André Silva, construiu a casa em que viveram e constituíram família —tiveram 11 filhos, 18 netos e 6 bisnetos.

Maura Maria da Silva (1936 - 2023) - Arquivo pessoal

"Ela cozinhava muito bem e todo domingo reunia os filhos e parentes em casa para fazer um churrasco ou então feijoada", recorda a irmã. Os encontros se tornaram mais raros depois da pandemia de Covid-19, mas nunca cessaram completamente. "A última vez que a visitei foi em dezembro, para levar presentes de Natal. A gente passava a noite inteira conversando, ela era uma pessoa muito alegre", disse Maria José.

Maura dedicou a vida também à religiosidade, que herdou dos pais e depois passou para os filhos. "Ela era devota de Nossa Senhora Aparecida e educou a gente a partir da fé", recorda o filho João Moreira da Silva, conhecido como dom Mauro na Ordem Beneditina da Igreja Católica, da qual é monge há mais de 30 anos.

As viagens ao Santuário Nacional de Aparecida, no interior de São Paulo, eram quase anuais. A última foi em 2017, ano em que se completou o terceiro centenário do encontro da imagem de Nossa Senhora por pescadores nas águas do rio Paraíba.

"Foi uma viagem especial por isso, e também porque na mesma época eu ia fazer o meu jubileu de 25 anos no mosteiro de São Bento. Fomos lá para comemorar, rezar e pedir a bênção", conta Mauro.

Foi nessa época que Maura começou a ter problemas de locomoção, e passou a depender da bengala para andar. Ainda assim, conta o filho, continuou dedicada à fé. "Ela era ministra da eucaristia na paróquia São Pedro, perto de onde morava, e fazia visitas aos doentes que não podiam sair de casa. Quando ficou mais difícil, começou a participar de grupos de oração".

Maura Maria morreu em 26 de abril, aos 87 anos. Nas palavras do filho, será lembrada como "uma pessoa muito positiva, que sempre pregou a paz e o amor como valores importantes". Viúva, ela deixa dois irmãos, 10 filhos, 18 netos e 6 bisnetos.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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