Guardas flagram duas crianças abandonadas em casa no PR: 'Não cuidaram de mim'
Menino e menina foram acolhidas pelo Conselho Tutelar de Cascavel; caso deve ser analisado pela Vara da Infância e Juventude
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
Uma equipe da Guarda Municipal de Cascavel, no oeste do Paraná, encontrou duas crianças, uma de quatro e outra de três anos de idade, abandonadas dentro de casa na noite de terça-feira (22). Sem informações sobre o destino dos pais, elas foram levadas para o abrigo do Conselho Tutelar da cidade.
A Guarda Municipal diz ter sido acionada pelo número 153 para atender a uma situação de abandono de incapaz no bairro Julieta Bueno. Chegando ao local, a equipe constatou que as crianças estavam sozinhas e chamou o plantão do Conselho Tutelar.
A chegada da Guarda Municipal na casa foi registrada em vídeo, no qual a criança mais velha, a menina de quatro anos, aparece dizendo: "Não cuidaram de mim".
"A minha mãe saiu, o meu pai [também]. A minha mãe foi ali, meu pai foi lá. Meu pai não cuidou de mim, [nem] a minha mãe. Neném ficou sozinho comigo", diz ela, em referência ao irmão.
O Conselho Tutelar disse à Folha que a família é acompanhada "há alguns anos" e que existem outros registros de negligência dos pais no passado. É a primeira vez, contudo, que as duas crianças seguem para o abrigo do Conselho.
Segundo o Conselho, a situação "se tornou mais grave nos últimos dias", e o acolhimento é feito quando se verifica risco para as crianças. Na noite de terça, não havia energia elétrica na casa e as crianças aparentemente estavam sem comida.
O caso agora deve ser analisado pela Vara da Infância e Juventude, da Justiça Estadual, que vai definir o destino das crianças.
Em casos assim, o Conselho explica que, inicialmente, os membros da família extensa, como tios ou avós, por exemplo, devem ser procurados.
Até o início da tarde desta quarta, os pais das duas crianças ainda não tinham entrado em contato com o Conselho. Os nomes não foram revelados.
A Polícia Civil também foi procurada pela reportagem e informou que está apurando o caso. "Diligências estão sendo realizadas para esclarecer o fato", afirma.
Receba notícias da Folha
Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber
Ativar newsletters