Siga a folha

Descrição de chapéu Obituário João Batista Inocentini (1950 - 2023)

Mortes: Dedicou a vida à defesa dos direitos dos trabalhadores

João Batista Inocentini transformou o sindicato dos aposentados no maior da América Latina

Assinantes podem enviar 5 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

São Paulo

Nascido em São João da Boa Vista (a 218 km de distância da capital paulista) no dia 8 de agosto de 1950, João Batista Inocentini era metalúrgico de profissão, mas dedicou sua vida à luta pelos direitos dos trabalhadores.

Formado no curso técnico do Senai, ele iniciou na carreira como auxiliar de ferramenteiro em 1971. Dois anos depois, na Volkswagen, entrou para o sindicato da categoria, onde conheceu Frei Chico, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No mesmo ano, já na Vemag, participou de sua primeira greve, que durou 40 dias.

Nesse período, foi preso pela primeira vez na ditadura militar, o que ocorreria outras duas vezes em outras mobilizações.

João Batista Inocentini (1950 - 2023) - Divulgação

Durante a década de 1970, manteve-se ativo no sindicalismo e fez parte do movimento que lançou Lula à presidência do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo, que resultou nos movimentos grevistas no ABC paulista.

"O João foi um dos fundadores do PT e da Força Sindical. Em 1985, participou do movimento das Diretas Já, na redemocratização do país. Sempre foi um sindicalista bem atuante", conta Carlos Afonso Galleti Júnior, 47, genro e advogado do Sindnapi (Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos), fundado por Inocentini no ano 2000 e que se tornou a maior entidade da categoria na América Latina, com 509 mil filiados e 80 subsedes espalhadas por nove estados brasileiros.

Em nota oficial, o presidente Lula se solidarizou com os familiares do amigo. "Defensor dos direitos dos aposentados, atuou de forma incansável pelo aprimoramento de políticas públicas voltadas para essa categoria. João fará falta neste momento em que discutimos a melhoria da qualidade do trabalho no mundo."

Quando não estava trabalhando, João Feio, como era conhecido no meio sindical, gostava de ficar em seu sítio em Jarinu (SP) e de pescar. Corintiano, outra de suas paixões era o futebol. Também adorava um churrasco.

Há cerca de três anos João usava marcapasso para corrigir uma insuficiência cardíaca. No mês passado, ele começou a sentir dores nas costas e foi diagnosticado com pneumonia, que demorou para ser tratada. Ele foi internado no Hospital do Coração, onde sua situação piorou e evoluiu para uma infecção generalizada.

Inocentini morreu no dia 6 de agosto, vítima de choque séptico pulmonar, após passar 15 dias internado. Ele deixa a mulher, Neusa, as filhas Elaine, Tônia e Gabriela, e quatro netos.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

Veja os anúncios de mortes

Veja os anúncios de missa

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas