Emil Adib Razuk era um homem dedicado, amoroso, apaixonado por pessoas. Trabalhador incansável, destacou-se em todas as áreas em que atuou.
Nasceu em 1936 em Pederneiras, a 257 km da capital paulista, 1 dos 5 filhos de um casal de imigrantes libaneses. Concluiu todo o estudo no interior do estado.
Formou-se em odontologia na Faculdade de Farmácia e Odontologia da Unesp (Universidade Estadual Paulista) em Araraquara, onde foi presidente do Centro Acadêmico Sampaio Vidal e vice-presidente da UEE (União Estadual dos Estudantes).
Logo estabeleceu-se em São Paulo. Foi um dos principais articuladores para a criação do CFO (Conselho Federal de Odontologia) e do Crosp (Conselho Regional de Odontologia de São Paulo), constituídos em 1964. Ficou à frente do Crosp por cerca de duas décadas, sendo eleito presidente dez vezes entre 1988 e 2013.
Em 1960, participou da fundação da Aboped (Associação Brasileira de Odontopediatria em Belém do Pará), que também presidiu.
Assumiu, em 1972, a direção do Serviço Dentário Escolar, implantando o Programa dos Bochechos Fluorados. O projeto reduziu em 36,8% a incidência de cárie na rede estadual de ensino.
Em 1974, foi eleito deputado estadual e apresentou um projeto sobre a fluoretação das águas de abastecimentos públicos.
Ao longo de sua presidência do Crosp, criou o programa e concurso A Saúde Bucal, considerado pela Unesco como o maior programa pedagógico de saúde bucal do mundo.
Em 2013, deixou o Crosp para dedicar mais tempo à família e aos pacientes.
"Ele era um homem muito carinhoso, sempre com pensamento muito positivo. Nunca estava desanimado, era muito resiliente e animava todos os ambientes pelos quais passava. Uma característica muito marcante é que ele conversava com todo mundo. Tinha uma valorização do ser humano como primeira característica", diz seu filho, o engenheiro mecânico Gustavo Razuk.
Além da dedicação ao serviço público, Razuk tinha a família como seu bem mais precioso.
"A família era o tesouro da vida dele. Sempre cuidou, com amor e atenção, dos filhos, dos netos e da minha mãe, com quem viveu quase 48 anos", reforça Gustavo.
Razuk morreu no dia 1º de agosto, aos 87 anos, em decorrência de insuficiência hepática crônica e doença renal crônica. Deixou a mulher, Marilena Camasmie Razuk, os filhos Gustavo e Renata, a nora Fabiana, o genro Vitor e os netos Isadora, Luiz Gustavo, João Vitor e Marcelo.
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