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Prefeito de Maceió diz que Braskem faz 'exploração predadora e gananciosa'

OUTRO LADO: Empresa diz que monitora a área de risco e desocupou 23 imóveis

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São Paulo

O prefeito de Maceió (AL), João Henrique Caldas (PL), disse que a empresa Braskem faz "exploração predadora e gananciosa" em mina instalada na capital alagoana. O bairro de Mutange, onde está localizada a mina, foi desocupado pelos moradores diante do risco iminente de ruptura do solo.

De acordo com o prefeito, a empresa gerou danos materiais e sociais à cidade. "Estamos vivendo em Maceió desde 2018 uma dor crônica que está sempre presente, fica nos assombrando, e trazendo para todos nós um desafio que vai para além das nossas capacidades", disse em entrevista ao canal Globo News na tarde desta sexta-feira (1º).

Residências foram interditadas por conta do risco de desabamento no bairro de Mutange, em Maceió (AL) - Josué Seixas - 30.nov.23/Folhapress

A mina da empresa Braskem localizada no bairro de Mutange corre risco de colapso e, segundo o prefeito, o solo no local já cedeu. "Claro, temos que nos preparar para esse plano de contingência, mas não podemos afirmar categoricamente que essa mina vai gerar a ruptura do tamanho que muitos têm esperado", disse.

Em nota, a Braskem afirmou que tem monitorado o local e que dados atuais "demonstram que a acomodação do solo segue concentrada na área dessa mina e que essa acomodação poderá se desenvolver de duas maneiras: um cenário é o de acomodação gradual até a estabilização; o segundo é o de uma possível acomodação abrupta". A empresa não comentou a fala do prefeito.

A empresa também afirmou que a área atingida está desabitada desde 2020 e que houve a realocação dos moradores de 23 imóveis localizados na área de risco.

De acordo com a Defesa Civil de Maceió, o monitoramento da região foi aumentado porque foram registrados cinco abalos sísmicos neste mês. Na última quarta (29), foi identificado o risco de colapso da mina 18,no Mutange. A área é desabitada, mas muitas pessoas ainda moram nas redondezas.

A Defesa Civil disse ainda que ‘os últimos sismos ocorridos se intensificaram’ e que ‘há risco iminente de colapso em uma das minas monitoradas’. Também há a recomendação para que embarcações evitem transitar na região. Há um bloqueio nas ruas para que não se tenha acesso.

Diante da situação, um hospital precisou ser esvaziado e seus pacientes foram transferidos para outras unidades.

O Hospital Sanatório está localizado no bairro do Pinheiro, um dos cinco afetados pelas ações da mineradora, e vizinho ao bairro Mutange.

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