Lira diz que crise em Maceió precisa de 'amparo urgente' do governo federal

Mina da Braskem na cidade pode colapsar a qualquer momento, segundo a Defesa Civil; presidente da Câmara afirma que solicitou recursos e edição de medida provisória

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Brasília

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta sexta (1º) que a crise em Maceió com a possibilidade de colapso de uma mina de sal-gema da Braskem precisa de "amparo urgente" do governo federal.

Nas redes sociais, o parlamentar afirmou que solicitou aos órgãos responsáveis a viabilização de recursos e a edição de uma medida provisória "que garantam à Prefeitura de Maceió a condição de atendimento aos moradores atingidos e de empreender ações para combater o problema gerado pela exploração do sal-gema".

O presidente da Câmara viajou para Alagoas na noite de quarta-feira (29) e tem acompanhado os desdobramentos da crise. Ainda nas redes sociais, Lira afirmou que entrou em contato com o ministro de Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, "solicitando prontidão e alerta" da Defesa Civil Nacional para acompanhar as "graves consequências" geradas pela exploração das minas pelas Braskem.

"Ele segue monitorando a situação em tempo real, em colaboração com os órgãos competentes. Precisamos estar todos unidos nesse momento e buscar todos os meios para evitar danos maiores", escreveu Lira, que é aliado do prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL), o JHC.

Lira durante votação da Reforma Tributária, na primeira passagem pelo plenário da Câmara, em julho
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) - Gabriela Biló/06.jul.2023-Folhapress

Na quarta-feira, a Defesa Civil de Maceió alertou que uma mina da Braskem está em risco iminente de colapso. A população que mora próximo à área atingida foi orientada a deixar o local e procurar abrigo, e a prefeitura decretou estado de emergência por 180 dias.

A situação tem ligação com o afundamento do solo que atinge cinco bairros da capital de Alagoas. O problema começou em março de 2018 e até hoje não foi solucionado. O Serviço Geológico do Brasil, órgão do governo federal, concluiu que as atividades de mineração da empresa em uma área de falha geológica causaram o problema.

Desde então, mais de 60 mil famílias dos bairros Pinheiro, Mutange, Bebedouro, Bom Parto e Farol foram realocadas para outros pontos da cidade.

Outro aliado de Lira, o senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL) teve uma reunião no Palácio do Planalto com o presidente em exercício, Geraldo Alckmin, para também solicitar auxílio do governo federal para a habitação de famílias afetadas pela possibilidade de abertura de uma cratera.

O parlamentar disse que Alckmin se mostrou sensível à demanda. A equipe do presidente em exercício, contudo, não se manifestou sobre o assunto até a publicação desta reportagem.

"Essas pessoas têm de ser realocadas, tem que se preocupar com que elas vivam com qualidade. Não é colocar em qualquer outro local. O pedido foi justamente esse para o presidente, que pudesse dar essa garantia de um suporte financeiro ao município de Maceió, de uma maneira emergencial", afirmou.

Rodrigo Cunha não soube precisar qual o montante que seria necessário, apenas disse que esses recursos seriam destinados a atender um déficit habitacional de 20 mil pessoas na capital do estado.

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