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Temperatura em São Paulo sobe até 5°C com massa de ar seco nesta quarta (24)

Mato Grosso do Sul e oeste paulista podem ser afetados por marcas ainda maiores, mas Inmet ainda não classifica como onda de calor

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São Paulo

Uma massa de ar quente e seco ganha força entre quarta-feira (24) e sábado (27) e vai aumentar as temperaturas em áreas do Centro-Oeste, Sudeste e Sul do país, segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).

Essa massa de ar vai permanecer sobre as regiões por causa de um bloqueio atmosférico de alta pressão que impede a chegada de frentes frias. Como o tempo fica seco, a variação de temperatura ao longo do dia também tende a ser maior. Ela pode chegar a 18°C, 20°C ou 22°C em algumas das áreas afetadas pelo bloqueio de alta pressão, diz a Climatempo.

Assim, segundo a empresa, estados como São Paulo —incluindo a capital—, Paraná, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo vão enfrentar uma onda de calor até o começo de maio, com tempo de 3°C a 5°C mais quente do que a média.

Mas algumas áreas podem superar 5°C acima da média, como o oeste paulista, o sul mato-grossense, o sul de Goiás, o triângulo mineiro, o noroeste do Paraná e todo o estado de Mato Grosso do Sul.

Paulistanos se refrescam na Liberdade, região central da capital paulista; cidade deve ter onda de calor nesta semana - Rubens Cavallari - 12.nov.23/Folhapress

Segundo com o Inmet, São Paulo terá máxima de 31°C nesta quarta, com uma queda a 26°C na quinta (25), chegando a 32°C no sábado.

Campo Grande (MS) pode chegar a 33°C nesta quarta, chegando a 34°C na sexta (26). Cuiabá (MT) tem máximas de 36°C e pode chegar a 37°C no sábado. No Paraná, Curitiba pode atingir máxima de 26°C nesta quarta, que cai a 22°C na quinta e pode chegar a 31°C no sábado.

Como o tempo fica seco, a variação de temperatura ao longo do dia também tende a ser maior. Ela pode chegar a 18°C, 20°C ou 22°C em algumas das áreas afetadas pelo bloqueio de alta pressão, diz a Climatempo.

A partir de domingo, segundo o Inmet, a área com temperaturas elevadas deve se reduzir, ficando concentrada em Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná.

Segundo a Climatempo, a onda de calor —a quarta do ano nas contas da empresa— deve se manter ao longo da primeira semana de maio. Já o Inmet não considerava, até terça, que o cenário poderia caracterizar uma onda de calor.

A expressão é usada pelo instituto para emitir alertas quando a previsão indica que as temperaturas, especialmente as máximas, devem ficar 5°C acima da média mensal pelo período de, no mínimo, dois a três dias consecutivos em uma determinada área.

De todo modo, são esperados dias secos, sem chuva e de céu aberto. No caso da cidade de São Paulo, a nebulosidade na quinta pode reduzir brevemente as temperaturas.

O céu claro é característico de dias quentes e secos porque a alta pressão atmosférica impede a formação de nuvens.

Segundo Micael Amore Cecchini, professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP, a Terra esquenta mais na linha do Equador, o que faz os ventos vindos de outras latitudes ao norte e ao sul do planeta subirem nessa região.

E já que sobem ali, a atmosfera se equilibra e os ventos descem em outras regiões, aumentando a pressão sobre elas. É o que contribui para a formação de zonas de alta pressão no Sul e no Sudeste brasileiros, perto do litoral. "Ela pode variar mais para norte ou para sul, dependendo da estação do ano, ou para leste ou oeste, mas está sempre ali."

O segundo tipo de movimento, que pode ir para leste ou oeste é influenciado, por exemplo, pelo El Niño, que também altera a circulação de ventos quando há um aquecimento acima da média nas águas do oceano Pacífico equatorial.

Geralmente, essas zonas de alta pressão são rompidas com a chegada de frentes frias, que trazem umidade, causando chuva, e abrem caminho para massas de ar frio vindas do polo sul.

Mas quando ganham intensidade e ficam paradas sobre uma região, tendem a reforçar o bloqueio contra frentes frias, mantendo o ambiente quente e seco. Com regiões esquentando por dias consecutivos e sem chuvas para alivar o calor, as temperaturas sobem e podem caracterizar ondas de calor.

Com um planeta mais aquecido, diz Cecchini, a tendência é que eventos extremos sejam acentuados. "Se mudamos a configuração das temperaturas, também mudamos circulação da atmosfera, de tal modo que vão gerar, na maior parte das regiões habitadas, uma intensificação tanto de chuvas extremas quanto de secas extremas."

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