Reinaldo Lázaro Ruas ficou apaixonado por Presidente Prudente, a 558 km de São Paulo, logo ao chegar à cidade, em 1989 —ele nasceu em Santos (SP). Desde então, construiu uma carreira importante tanto no jornalismo local quanto na política.

Começou como radialista nas emissoras Cidade AM e Difusora, foi repórter e colunista na Folha da Região, chefe de Redação no Oeste Notícias, e secretário de Redação em O Imparcial. Em 2008, fundou o Portal Prudentino.

Formado em jornalismo pela Unoeste (Universidade do Oeste Paulista), foi também professor da instituição. "Fazia parte da última safra de jornalistas da era de ouro do impresso. Dono de uma agenda recheada de fontes de grande gabarito. Atento a cada detalhe, sabia como encontrar a informação que precisava para emplacar a manchete do dia, e que seria assunto em toda cidade", diz o amigo e jornalista Rogério Mative. "Foi um grande professor nas Redações. Um nome que marcou o jornalismo prudentino."

Ao lado de Benedito Moroni, Ruas lançou o livro "Jornalismo Regional", destacando a importância das notícias locais e suas histórias.

Na Câmara Municipal, foi supervisor e diretor legislativo e administrativo. Na prefeitura, assessor de Assuntos Especiais, responsável por captação de recursos federais e estaduais e elo entre Executivo e Legislativo. Grande articulador político, atuou em diversas campanhas.

O atual prefeito, Ed Thomas (MDB), o definiu como ótimo comunicador, ponderado, inteligente e detalhista. "Articulado demais, transitava com facilidade em todas as placas partidárias. Observador, parece que ele já sabia o que ia acontecer após uma fala ou escrita. Sempre preparado para uma solução", disse ele em nota. A prefeitura decretou luto na cidade.

Membro da maçonaria, foi secretário estadual de Comunicação e Imprensa do Grande Oriente de São Paulo. "Que seu legado perdure como fonte de inspiração para todos nós", publicou a entidade.

Em casa, foi marido e pai muito dedicado à família, conta a esposa, Daniele Ataide. "Era amoroso e protetor, nossa fonte de apoio e segurança, sempre presente nos momentos mais difíceis; demonstrava a todo momento seu amor e compromisso conosco."

Ela conta que Ruas apreciava momentos simples, como refeições em família. "Nas horas vagas, se dedicava à leitura e a absorver conhecimentos, principalmente relacionados à política e a acontecimentos locais. Gostava também de assistir a filmes e séries, principalmente ligados a fatos e períodos históricos ou figuras importantes."

Ruas morreu aos 59 anos, em decorrência de um AVC (acidente vascular cerebral). Deixa esposa, três filhos, dois netos e três irmãos.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

Veja os anúncios de mortes

Veja os anúncios de missa