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Descrição de chapéu Obituário Yara Cristina Lopes dos Santos Masson (1942 - 2024)

Mortes: Sempre vaidosa, superou adversidades com uma vida cheia de amor

Yara Masson construiu família e formou uma fazenda no interior de São Paulo, antes de desbravar a cidade grande

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São Paulo

Saltinho nos pés, blush nas bochechas, cabelos impecavelmente escovados e unhas sempre feitas. Era assim que Yara Masson gostava de ser vista, mesmo que fosse em uma simples ida ao supermercado.

A risada genuína e a doçura permeavam o jeito dela de comandar o dia a dia. Para Yara, o amor estava nas pequenas coisas, desde um pratinho que a fizesse se lembrar de uma viagem especial até o preparo dos biscoitos que fazia com esmero para visitas.

O café da manhã, de preferência com a casa cheia, era o momento favorito do dia. Enquanto conversava, costumava exclamar: "Ah, pronto" —marca registrada que servia tanto para exclamar quando uma das netas avisava sobre uma viagem para o Sudeste Asiático ou no momento em que a outra neta falava sobre a plantação de uma horta na fazenda.

Yara Masson fazia questão da família reunida e conseguiu superar as dificuldades que vida impôs a ela - Arquivo Pessoal

A fazenda, sonho conquistado ao lado do marido, Acácio, é um dos lugares onde as netas, Laura e Luíza, guardam as memórias doces ao lado da avó. Todas as vezes que as meninas iam embora, ela acenava enquanto o carro se perdia na vista.

O bom humor e o carinho pela vida, na verdade, eram sinais de força de Yara, que lidou com a tristeza da morte de um dos três filhos.

"Minha mãe foi um símbolo de superação e resiliência, que conseguiu passar por tudo isso, mas manteve sempre a família unida e a essência agregadora, feliz, com a família reunida e amigos sempre por perto", diz a filha Daniela.

O casamento com Acácio passou dos 60 anos e a relação, ao contrário dos casais que se estranham ao envelhecer, se tornou cada vez melhor. "Eles ficaram cada vez mais companheiros, na dor e no amor", lembra Daniela, que define que a vida da mãe foi dedicada à família e aos cuidados com os amigos.

Nascida em Botucatu, no interior de São Paulo, Yara era de família de imigrantes espanhóis do lado da mãe e de paulistas do lado do pai. Filha mais velha, estudou no internato e fez magistério.

Conheceu o marido em Bariri, também no interior, onde, depois de terem filhos, conquistaram um dos sonhos de construir uma fazenda. Trabalhou alguns anos como professora em um colégio estadual, mas depois de se casar foi morar na capital paulista.

Em São Paulo, o grande desafio foi se adaptar a um local sem amigos ou rede de apoio próximos. Na cidade grande, fazia diversos cursos de pintura, escultura e até neurolinguística.

No Colégio Pio 12, onde estudaram os filhos, era parte da Associação de Pais e Mestres e ajudava a organizar palestras. Também mantinha a Turma do Chá com as amigas de São Paulo, que se reuniam regularmente —o último encontro foi em abril deste ano.

Yara Cristina Lopes dos Santos Masson morreu no último dia 15 de junho, aos 82 anos, em decorrência de um câncer. Deixa o marido Acácio, os filhos Daniela e Maurício, os netos Luíza, Laura e José Maurício, o genro Ricardo e a irmã Iracy.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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