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Retirada de pertences das vítimas do voo 2283 da Voepass é retomada em Vinhedo (SP)

Trabalho havia sido interrompido na terça-feira (13) quando restos mortais foram encontrados no local

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Vinhedo (SP)

A remoção dos pertences das vítimas do acidente aéreo com avião da Voepass em Vinhedo, no interior de São Paulo, foi retomada no final da manhã desta quarta-feira (14), de acordo com a Associação de Moradores do Residencial Recanto Feliz.

No final do dia, a Voepass afirmou que todas as bagagens já haviam sido recolhidas e que o trabalho continuava com a coleta de demais objetos pessoais.

Nenhuma das 62 pessoas a bordo sobreviveu ao desastre. Segundo Silvia Bongiovanni, conselheira da associação, equipes da Voepass e da empresa contratada pela companhia aérea estão fazendo a triagem de bagagens e objetos pessoais de passageiros e tripulantes que morreram na tragédia. Tudo é separado em pacotes, para que sejam levados juntos para a sede da empresa, em Ribeirão Preto (SP).

O trabalho havia sido interrompido na terça-feira (13) após equipes encontrarem restos mortais no local do acidente. O IC (Instituto de Criminalística) foi acionado, e o material recolhido e encaminhado para o IML (Instituto Médico Legal) de São Paulo, onde acontece a identificação das 62 vítimas.

Veículo da perícia deixa o condomínio Recanto Florido, em Vinhedo (SP), onde caiu o avião da Voepass - Folhapress

De acordo com a SSP (Secretaria da Segurança Pública), uma equipe da Polícia Científica vai permanecer no local até que todos os destroços sejam removidos, em caso de necessidade de novas paralisações do trabalho.

Não há previsão para o término dessa operação. Os destroços do avião também serão encaminhados para a sede da empresa.

A Defesa Civil de Vinhedo afirma que ainda aguarda a conclusão do trabalho da perícia para avaliar possíveis danos à estrutura de três imóveis do condomínio potencialmente atingidos pelo impacto da aeronave ao solo. Uma das casas —situada exatamente no local da tragédia — está interditada.

A Polícia Civil afirma que a Justiça decretou, nesta quarta, sigilo no inquérito que apura o acidente.

Já a Polícia Federal trabalha em dois laudos considerados fundamentais para a investigação. A previsão é que o primeiro, com conjunto de fotos que ajudam a compreender o contexto do acidente e como a aeronave parou no terreno, deve ficar pronto em até 90 dias. Este laudo é feito em parceria com o Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos).

O segundo documento deve ter todos os exames e testes realizados no Cenipa, além das análises dos destroços, motores e caixas-pretas.

Famílias tentam retomar rotina

Aos poucos, os moradores do residencial, que tem pouco mais de 60 lotes, tentam voltar à rotina. Vans escolares estravam e saíam do condomínio enquanto as crianças conversavam. A Prefeitura de Vinhedo diz que ainda há famílias à procura de assistência psicológica, mas preferiu não dizer quantas.

A conselheira da associação de moradores disse que nesta quarta conversou com o analista de sistemas Luiz Augusto de Oliveira, 62, dono da casa onde a aeronave caiu. A reportagem apurou que ele está morando com familiares na região de Campinas.

"Dadas as circunstâncias de tudo o que aconteceu, ele está bem", afirmou Silvia.

O morador disse à Folha que ainda não se sente à vontade para falar sobre o acidente. No domingo, Oliveira publicou um vídeo em que dizia ter muito respeito pelas vítimas e que "ganhou" 62 filhos.

Uma missa ecumênica será realizada no residencial, mas ainda não há data para a homenagem.

"Tem corpos que ainda nem foram identificados. Nós vamos esperar todos os sepultamentos para depois realizarmos a missa", disse.

O acesso às casas segue restrito aos moradores.

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