'Sou inocente e não há uma prova sequer', diz Deolane Bezerra em carta
Mensagem de influenciadora e advogada presa em operação que investiga suspeita de lavagem de dinheiro foi publicada nas redes sociais
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Em mensagem escrita na Colônia Penal Feminina do Recife e divulgada em suas redes sociais neste domingo (8), a advogada e influenciadora Deolane Bezerra afirma ser inocente e que não há "uma prova sequer" contra ela.
Deolane está presa por suspeita de envolvimento em uma suposta organização criminosa que atua em jogos ilegais e lavagem de dinheiro e que teria movimentado quase R$ 3 bilhões.
"Olha eu aqui de novo, tá demorando, né?", inicia a carta em que agradece o apoio de seus seguidores e diz que, como "operadora do direito", aguarda os prazos da Justiça. Ela e sua mãe tiveram a prisão preventiva (sem prazo) decretada um dia após serem alvo da operação Integration, deflagrada na capital pernambucana e em outros quatro estados.
Conhecida como Dra. Deolane, ela já havia alegado inocência e dito ser vítima de uma injustiça. Na mensagem deste domingo, a influenciadora disse manter a fé e entender que passa por uma "provação".
"Não é fácil uma mulher nordestina, mãe solo, criada por mãe solo, vinda da comunidade, chegar aonde cheguei, as provações são gigantes e irei passar por todas elas", escreveu.
A investigação foi iniciada em abril de 2023, para identificar e desarticular organização criminosa voltada à prática de jogos ilegais e lavagem de dinheiro.
Conforme o inquérito, a suposta quadrilha usava várias empresas de eventos, publicidade, casas de câmbio, seguros e outras para lavagem de dinheiro feita por meio de depósitos e transações bancárias.
Como a Folha mostrou, um Lamborghini Urus ostentado nas redes sociais foi central para a prisão da influenciadora.
O carro de luxo comprado no segundo semestre de 2023, pertencia anteriormente à empresa Esportes da Sorte, apontada como principal agente no esquema investigado.
O Lamborghini, adquirido através de sua empresa Bezerra Publicidade e Comunicação LTDA por R$ 4 milhões, foi revendido pouco tempo depois, o que foi visto pelos investigadores como indícios de lavagem de dinheiro.
Dono da Esportes da Sorte, Darwin Henrique da Silva Filho também foi alvo de mandado de prisão e se entregou à polícia na quinta.
Em nota, a empresa disse que tem prestado esclarecimentos no inquérito desde março de 2023 e que há "interpretação precipitada e equivocada dos fatos".
"A operação policial será impugnada perante o juízo competente, demonstrando-se que houve interpretação precipitada e equivocada dos fatos apurados, sem qualquer análise ou consideração dos argumentos já apresentados. Tanto é assim que a autoridade policial não apreendeu qualquer objeto, documento ou equipamento na sede da empresa", diz a nota.
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