'Comunismo de sinal contrário', diz Mourão sobre crise no MEC
Presidente interino disse que Ministério da Educação está 'enfrentando alguns problemas'
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O general Hamilton Mourão (PRTB), presidente interino enquanto Jair Bolsonaro (PSL) está no Chile, disse que o Ministério da Educação (MEC) “está enfrentando alguns problemas”. A pasta passa por uma crise desde que o ministro Ricardo Vélez fez mudanças em cargos ocupados por alunos de Olavo de Carvalho, que ministra aulas com viés político de direita pela internet.
A declaração de Mourão foi feita durante palestra para empresários nesta sexta-feira (22), na Fiergs (Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul), em Porto Alegre.
“Temos que reformar nosso sistema educacional. Sem educação, não haverá produtividade. Podem criticar o nosso ministério da Educação, que está enfrentando alguns problemas. Mas eu tenho falado e falo aqui para todos. Não se combate comunismo com comunismo de sinal contrário. Temos que saber enfrentar isso aí para mudar a cultura do nosso país", disse o general.
Tanto Carvalho como seus alunos costumam alegar que a educação no Brasil é marxista, o que é contestado por especialistas na área. Vélez também já se valeu do termo “comunista” para rebater críticas e acusou um jornalista de ser treinado pela KGB, o serviço de inteligência da extinta União Soviética.
Olavo também tem atacado Mourão, que se queixou das provocações recebidas durante o compromisso em Porto Alegre. Questionado sobre quando o Brasil "será um país de ordem e progresso", no momento destinado às perguntas da plateia, Mourão respondeu: "Tem um cidadão que mora lá nos Estados Unidos, o Olavo de Carvalho, todos os dias ele me xinga. Ele é astrólogo, viu. Astrólogo da Virgínia [estado norte-americano onde vive]. Tenho que passar pra ele essa bola de cristal".
O presidente interino defendeu a reforma da Previdência como forma de recuperar a confiança no país.
Ele também defendeu controle de gastos do estado e que a população não deve “acreditar na ideia de que o estado pode tudo”, lembrando que possui “obrigações e não apenas direitos”.
“Aqui acontece o seguinte fato. O cidadão cursa uma universidade federal de medicina e depois diz que o estado nunca lhe deu nada. Lembro que em uma universidade federal o camarada não paga um real, mesmo podendo pagar”, exemplificou.
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