Siga a folha

Descrição de chapéu Educação a distância

Tecnologias ajudam a engajar alunos e a prever dificuldades na EaD

Cursos investem em ferramentas como realidade virtual e vídeos interativos

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

São Paulo

Para atrair novos alunos e driblar a concorrência, escolas que oferecem educação a distância investem em ferramentas tecnológicas como realidade virtual, gamificação e vídeos interativos. O objetivo é oferecer cursos mais imersivos e aumentar o engajamento do estudante.

Essas novas tecnologias contemplam demandas das novas gerações, que mostram melhores resultados com conteúdos curtos e dinâmicos e se identificam com linguagens de jogos.

“Antes, as videoaulas na EaD tinham, em média, 25 minutos. Hoje em dia têm, no máximo, 12”, afirma Luiz Fernando Oliveira, responsável pela operação técnica, inovação e produtos do ensino online da Faculdade Impacta.

“Há um crescimento muito rápido no setor, e entender como a tecnologia contribui com a aprendizagem é fundamental para ficar à frente da concorrência”, diz Ricardo Ponsirenas, diretor de ensino digital da Laureate Digital. 

Ele é o responsável pelos materiais online de instituições de ensino superior da rede Laureate, caso da FMU (Faculdades Metropolitanas Unidas) e da Universidade Anhembi Morumbi. 

Um dos recursos desenvolvidos pela Laureate é um simulador que utiliza a realidade virtual para transportar os alunos de engenharia até um laboratório 3D.

Os estudantes fazem diferentes experiências com elementos químicos, e o sistema, implantado neste ano, sinaliza perigo de explosão quando a escolha de elementos ou recipientes é inadequada.

Antes de ir à bancada, o estudante tem de cumprir tarefas que o ajudam na familiarização com o ambiente de trabalho. Virtualmente, ele caminha pelo laboratório para identificar os produtos e equipamentos de proteção.

O simulador é acompanhado de textos e vídeos de professores, que guiam os alunos nas tarefas. A ferramenta pode ser acessada por meio de aparelhos celulares, tablets ou computadores e está na nuvem —ou seja, não é necessário fazer download.

A tecnologia, segundo Ponsirenas, foi bem recebida por alunos e professores. Por isso, desenvolve para o curso de gastronomia uma ferramenta semelhante, com imagens de cozinhas reais.

Além do simulador, a Laureate estimula a interação nas videoaulas. A tecnologia funciona como o capítulo interativo da série “Black Mirror”, no qual o telespectador toma decisões em diferentes pontos da história, afetando os resultados que encontra pelo caminho.

Em uma videoaula sobre eletricidade, por exemplo, o estudante deve escolher o vídeo em que o professor usa o material que serve como condutor elétrico. Se ele acerta, uma lâmpada se acende.

 

No curso a distância de administração da Fia (Fundação Instituto de Administração), alunos competem entre si em um software que simula a gestão administrativa de locais como aeroportos e hospitais.

Os estudantes aplicam fórmulas para calcular taxa de ocupação, fluxo de caixa, demanda potencial e tomar decisões de gestão. Vence o estabelecimento mais bem gerenciado e sem ociosidade. 

Na Impacta, os alunos colecionam emblemas virtuais que são obtidos a cada tarefa cumprida. Os emblemas têm tecnologia blockchain —sistema de codificação que não pode ser falsificado— e podem ser associados a LinkedIn e Facebook por aqueles que queiram exibir suas conquistas nas redes sociais.

Ainda recebem insígnias quem tiver as melhores notas e os mais participativos no fórum online.

A Impacta utiliza inteligência artificial para facilitar a organização de sua plataforma online. Um software identifica as palavras de todos os vídeos postados no site para criar tags, que facilitam a busca por um tema específico.

Além de tornar o estudo online mais fácil, a tecnologia pode ajudar a identificar eventuais dificuldades dos alunos. 

O big data, que coleta e analisa grandes quantidades de dados, detecta quais são os tópicos de cada disciplina em que o índice de erro de cada estudante é maior.

O recurso deve ajudar a reduzir a evasão escolar, uma vez que as instituições poderão se antecipar aos problemas, de acordo com Zacarias Junior, gerente de tecnologia e inovação do Instituto Presbiteriano Mackenzie, que espera trabalhar com a ferramenta a partir do ano que vem.

“A tecnologia torna o estudo dinâmico. Qual a chance de alguém realmente se engajar, se um curso só tem apostila impressa?”, afirma Ricardo Ponsirenas, da Laureate.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas