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Tarcísio anuncia programação computacional no currículo da rede estadual em 2024

Governador de São Paulo afirma que Meta, Amazon e Microsoft têm interesse em colaborar

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Davos (Suíça)

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), anunciou nesta quinta (19) que pretende incluir aula de programação no currículo das escolas de ensino médio da rede estadual já em 2024.

Segundo o governador, que participa em Davos do encontro anual do Fórum Econômico Mundial, gigantes da tecnologia como Amazon, Microsoft e Meta manifestaram interesse em participar do projeto.

Tarcísio de Freitas com o secretário de Negócios Internacionais, Lucas Ferraz, e Michael Punke, da Amazon - Divulgação - 17.jan.2023/Secretaria de Negócios Internacionais

"A gente quer colocar programação em todas as nossas escolas de ensino médio porque a gente entende que é isso que vai desenvolver competências importantes que vão abrir a porta de um mercado de trabalho qualificado", afirmou Tarcísio a jornalistas brasileiros. Como exemplo, citou a possibilidade de incluir código na resolução de problemas matemáticos.

O governador afirmou que as big techs manifestaram "grande interesse em ajudar nessa educação tecnológica". "Elas já têm programas assim em várias cidades do mundo, empresas como a Amazon, a Meta, a Microsoft."

O projeto, contudo, ainda precisa ser desenvolvidos, e haverá prosseguimento das conversas com as empresas, afirmou.

O abismo digital na educação brasileira —e a consequente falta de profissionais de tecnologia— foi apontado pelo presidente da consultoria PwC no Brasil, Marco Castro, como um dos principais déficits do país diante do mercado global.

Tarcísio se reuniu nesta quinta com o presidente para América Latina da Microsoft, Rodrigo Kede; na quarta (18) o encontro foi com Nick Clegg, presidente de public affairs da Meta; e na terça (17) com Michael Punke, vice-presidente de políticas públicas globais da Amazon.

O governador tem mantido uma agenda intensa de 39 encontros bilaterais com executivos e empresários durante o evento, embora não tenha participado de nenhum dos painéis do fórum. Ele chegou a Davos no domingo (15) e parte no fim da tarde desta quinta. O evento termina nesta sexta (20).

A gestão de Tarcísio tem defendido a inclusão de novas disciplinas na grade escolar como forma de tornar o ensino mais atraente para os jovens. O secretário de Educação, Renato Feder, disse à Folha que, a partir de 2024, também quer colocar educação financeira como matéria obrigatória nas escolas.

Ele também defende a inclusão de outras disciplinas, como empreendedorismo e oratória, além de ampliar o ensino profissionalizante para alunos do ensino médio. Os dados mais recentes mostram que a rede estadual paulista tem cerca de 10,6% dos alunos (cerca de 143,8 mil de uma rede com mais de 1,35 milhão nessa etapa) em cursos técnicos.

"Minha prioridade é entregar uma educação de resultados. Isso é o principal", declarou em entrevista no início de janeiro.

Ainda que hoje as escolas não sejam obrigadas a ofertar essas disciplinas defendidas pela gestão Tarcísio, os conteúdos e habilidades ligados a essas áreas já estão previstos no currículo das escolas paulistas e na BNCC (Base Nacional Comum Curricular).

Em nota, a Secretaria da Educação disse que a inclusão de programação nas aulas dos anos finais do ensino fundamental (6º ao 9º ano) e ensino médio será dentro da disciplina de tecnologia, que já faz parte do currículo das escolas desde 2021. Com a inclusão do novo conteúdo, a pasta disse estudar a ampliação dessa matéria de uma para duas aulas semanais até o primeiro semestre de 2024.

Os professores dessa disciplina receberão formação específica para os conteúdos de programação. A pasta informou ainda que analisa propostas de empresas que irão fornecer a plataforma educacional, por meio de convênios ou contratos via licitação.

A secretaria não informou se já tem estudos de quanto o novo projeto deve custar.

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