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Governo apaga vídeo de evento em que Lula fez campanha antecipada para Boulos

Presidente participou de ato do 1º de Maio ao lado do pré-candidato, na cidade de São Paulo

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Brasília

O governo federal apagou de seus canais oficiais a transmissão do ato do Dia do Trabalho em que o presidente Lula (PT), durante o seu discurso, fez campanha para o pré-candidato à prefeitura de São Paulo Guiherme Boulos (PSOL).

A manifestação do presidente foi vista por especialistas como indício de infração eleitoral por campanha antecipada.

O evento foi transmitido ao vivo pelo CanalGov, mas a transmissão não consta mais no perfil oficial no YouTube. Apenas está ainda presente no canal do próprio Lula, que utilizou justamente a transmissão do CanalGov. O link divulgado do CanalGov com a transmissão agora aparece "vídeo indisponível" e com mensagem dizendo que "este vídeo é privado".

Lula ergue o braço de Guilherme Boulos durante discurso no ato de 1º de Maio - Zanone Fraissat/ Folhapress

A Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência) foi procurada, mas não se manifestou até a publicação dessa reportagem.

Lula participou nesta quarta-feira (1º) do ato organizado pelas centrais sindicais. O evento aconteceu no estacionamento da Neo Química Arena, o estádio do Corinthians, na zona leste da Capital.

Boulos estava no palanque, ao lado de Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e outros ministros do governo federal. O mandatário então usou parte de sua fala para exaltar o pré-candidato, que é o nome do PT para a disputa na cidade de São Paulo.

Lula disse que o pleito paulistano seria uma "verdadeira guerra" e pediu para que seus eleitores votem no deputado federal na disputa para a Prefeitura de São Paulo.

"Ninguém derrotará esse moço aqui se vocês votarem no Boulos para prefeito de São Paulo nas próximas eleições", disse Lula. "Vou fazer um apelo: cada pessoa que votou no Lula em 89, em 94, em 98, em 2006, em 2010, em 2018… 2022, tem que votar no Boulos para prefeito de São Paulo."

A legislação eleitoral impõe restrições à propaganda na chamada pré-campanha e proíbe pedido de voto. Advogados consultados pela Folha afirmaram ver indícios de ilícito eleitoral na fala de Lula, que ficaria sujeito a multa de R$ 5.000 a R$ 25 mil.

A propaganda eleitoral será permitida somente após o dia 16 de agosto, quando as candidaturas já estiverem registradas na Justiça Eleitoral.

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