Coronavírus estava na França já em dezembro, indicam testes
Exames em material de paciente que teve pneumonia mostram presença um mês antes do que se acreditava
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
O coronavírus já estava na França em 27 de dezembro do ano passado, um mês antes do que se acreditava, revelou teste feito meses depois em material de um paciente diagnosticado com pneumonia naquela ocasião.
Em entrevista no domingo ao canal francês BFM TV, Yves Cohen, chefe de emergência dos hospitais Avicenne e Jean-Verdier, na região metropolitana de Paris, disse que em dezembro o paciente havia feito um teste para gripe, com resultado negativo.
Em janeiro, ele refez os testes dessa vez para o Sars-Cov-2 (nome do novo coronavírus), e entre cerca de 20 pacientes, um apresentou o coronavírus.
Os testes foram repetidos outras duas vezes, para eliminar a chance de erro, afirmou o médico, que publicou um relatório nesta semana em revista especializada.
O médico afirmou que o paciente era um homem de cerca de 50 anos e as imagens de seu pulmão eram coerentes com a possibilidade de que ele tivesse sofrido de covid-19 (doença provocada pelo coronavírus).
A equipe de Cohen contatou de novo o paciente, que disse não ter viajado para áreas em que a doença já havia sido confirmada. Seus dois filhos também tiveram testes positivos para o coronavírus, segundo o médico. A mulher do paciente não foi infectada.
Os primeiros casos de coronavírus na França foram confirmados pelo governo em 25 de janeiro: dois pacientes que haviam estado em Wuhan, epicentro da pandemia, na China, e um familiar.
Cohen afirmou que sugeriu à agência de saúde francesa que reveja materiais coletados em casos de pneumonia durante o mês de dezembro, para verificar se houve outros casos anteriores. Identificar o primeiro paciente é importante para entender a dinâmica da transmissão no país.
Receba notícias da Folha
Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber
Ativar newsletters