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Descrição de chapéu Coronavírus

OMS diz que pandemia está acelerando e pede que países se unam contra coronavírus

Autoridades da organização desejaram ao presidente brasileiro rápida recuperação e fortalecimento do combate ao vírus

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Brasil e Genebra | AFP

A pandemia da Covid-19 "se acelera", como demonstram os 400 mil novos casos confirmados registrados no fim de semana passado (dias 4 e 5), advertiu, na última terça-feira (7), o diretor-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), Tedros Adhanom Ghebreyesus, ressaltando que o mundo ainda não atingiu o pico da doença.

"Embora o número de mortos pareça ter se estabilizado em nível mundial, na realidade, alguns países fizeram avanços significativos na redução do número de casos, enquanto que, em outros, os mortos continuam crescendo [em número]", declarou Ghebreyesus, em uma teleconferência.

O diretor-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde) Tedros Adhanom Ghebreyesus - Fabrice Coffrini/Reuters

Nesta quinta-feira (9), Ghebreyesus disse que comunidade internacional está divida e que essa situação faz com que o novo coronavírus ganhe terreno. A declaração é uma resposta sutíl à confirmação de que os EUA deixarão a organização por decisão do governo de Donald Trump.

"As divisões entre nós fazem com que o vírus ganhe terreno. Não poderemos derrotar a pandemia se estamos divididos", disse.

Um dos Estados-parte que assiste ao avanço do coronavírus é o Brasil. Na terça, após a confirmação de que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) está com Covid-19, a Opas (Organização Pan-Americana da Saúde) pediu ao Brasil que fortaleça suas medidas de contenção ao vírus e desejou uma rápida recuperação a Bolsonaro. O país é hoje o segundo em número de casos e mortes pela doença, atrás apenas dos EUA.

Marcos Espinal, diretor de doenças transmissíveis da Opas, disse, em entrevista coletiva que o fato de Bolsonaro ter sido contaminado mostra que o vírus "não respeita raças ou pessoas poderosas", e lembrou dos contágios do primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, e do presidente de Honduras, Juan Orlando Hernández, ambos já recuperados.

"Portanto, é importante que, independentemente de o presidente ser afetado, o país continue a fortalecer medidas. Aqui está um exemplo de que ainda não estamos controlando completamente esse vírus", acrescentou.

Espinal enfatizou que o pacote de medidas recomendado pela Opas, que inclui diretrizes para distância física entre pessoas, uso de máscara e lavagem constante das mãos, demonstrou funcionar.

Mesmo antes de a OMS declarar o novo coronavírus uma pandemia global em meados de março, o presidente brasileiro minimizou a gravidade da doença, a qual chamou de "gripezinha", participou de eventos públicos sem usar máscara e questionou as medidas de isolamento social implementadas em vários estados.

A diretora da Opas, Carissa Etienne, disse que o Brasil atualmente representa cerca de um quarto dos novos casos nas Américas, o atual epicentro da pandemia.

"Dois meses atrás, os Estados Unidos representavam 75% dos casos em nossa região. Na semana passada, registraram menos da metade dos casos na região, enquanto a América Latina e o Caribe registraram mais de 50% dos casos, e apenas o Brasil foi responsável por cerca de um quarto deles."

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