Brasil tem mais de 1.300 mortes pelo segundo dia seguido, mostra consórcio de imprensa
Média móvel de óbitos chegou a 1.010; total de vidas perdidas já passa de 214 mil
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O Brasil registrou 1.335 mortes por Covid-19 e 59.946 casos da doença, nesta quinta-feira (21). Com isso, o total de óbitos chegou a 214.228 e o de pessoas infectadas pelo Sars-CoV-2 a 8.699.814.
Na quarta (20), tinham sido registradas 1.382 mortes, o maior valor desde 4 de agosto.
Os dados do país são fruto de colaboração inédita entre Folha, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são coletadas diretamente com as Secretarias de Saúde estaduais.
Além dos dados diários, a Folha também mostra a chamada média móvel. O recurso estatístico busca dar uma visão melhor da evolução da doença, pois atenua números isolados que fujam do padrão. A média móvel é calculada somando o resultado dos últimos sete dias, dividindo por sete.
De acordo com os dados coletados até as 20h, a média de mortes nos últimos sete dias é de 1.010. O valor da média representa um aumento de 36% em relação ao dado de 14 dias atrás.
Norte e Sudeste apresentam crescimento na média móvel de mortes, em relação a 14 dias atrás. Os aumentos são de, respectivamente, 121% e 49%. As demais regiões têm médias móveis estáveis, o que não significa uma situação de tranquilidade.
Chama também a atenção o crescimento da média móvel do Amazonas, que enfrenta situação crítica, inclusive com falta de oxigênio medicinal para atender pacientes internados. Em menos de um mês, a média de óbitos no estado passou de 15 para 118.
O Brasil tem uma taxa de 102,3 mortos por 100 mil habitantes. Os Estados Unidos, que têm o maior número absoluto de mortos (410.102), e o Reino Unido (94.765), ambos à frente do Brasil na pandemia (ou seja, começaram a sofrer com o problema antes), têm 125,5 e 142,6 mortos para cada 100 mil habitantes, respectivamente.
O Brasil havia ultrapassado a taxa da Itália de mortes por 100 mil habitantes (139,4), país com 84.202 óbitos pela doença. Contudo, com a segunda onda que assola a Europa, a Itália voltou a passar o Brasil.
O México, que ultrapassou o Reino Unido em número de mortos e já contabiliza 144.371 óbitos, tem 114,4 mortes para cada 100 mil habitantes.
Na América do Sul, chama a atenção também o número de mortos por 100 mil habitantes do Peru: 122,1. O país tem 39.044 óbitos pela Covid-19.
A Índia é o terceiro país, atrás apenas de EUA e Brasil, com maior número de mortes pela Covid-19, com 152.869 óbitos. Lá, devido ao tamanho da população, a taxa proporcional é de 11,3 óbitos por 100 mil habitantes.
Na Argentina, onde a pandemia desembarcou nove dias mais tarde que no Brasil e que seguiu uma quarentena rígida de início, o índice é de 104,2 mortes por 100 mil habitantes (46.355 óbitos).
A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorre em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (sem partido), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes. Além disso, o governo divulgou dados conflitantes.
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