Prefeitura de SP negocia compra das vacinas da Janssen e da Pfizer contra Covid-19
Doses serão adquiridas fora do Programa Nacional de Imunizações e de esforço de Frente Nacional de Prefeitos
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A Prefeitura de São Paulo negocia com laboratórios estrangeiros a compra de vacinas contra a Covid-19 à parte das oferecidas no Programa Nacional de Imunizações, segundo o secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido.
“Temos uma primeira reunião com a Janssen nesta tarde. Com a Pfizer, já tivemos dois contatos e esperamos retorno. Estamos tentando ver todas as possibilidades para avançar para uma futura compra”, afirmou o secretário à Folha.
Na última semana, o Supremo Tribunal Federal autorizou que estados e municípios comprem vacinas caso o governo federal descumpra o Plano Nacional de Imunizações ou se a programação da União não for suficiente para imunizar a população de determinada região.
Edson Aparecido afirma que não tem números de doses a serem compradas porque isso depende da capacidade de fornecimento do laboratório. "O que eventualmente der certo em termos de compra vai se complementar com o que recebemos do Ministério da Saúde e da Secretaria Estadual da Saúde", diz o secretário.
Em nota divulgada na noite de quarta, a secretaria informou que o prefeito Bruno Covas autorizou a formalização da intenção de compra de 5 milhões de doses da Janssen. O valor de cada dose seria US$ 10.
A iniciativa vai somar também a compra que um consórcio de municípios articula pela FNP (Frente Nacional de Prefeitos) que surgiu também após a autorização do STF. Até as 11h desta quarta (3), 649 cidades manifestaram interesse na compra, São Paulo entre elas.
O prazo final para municípios manifestarem interesse é até a próxima sexta-feira (5). Segundo a FNP, o consórcio não compete com o plano nacional de imunizações do Ministério da Saúde e ocorre paralelamente às negociações do governo federal.
A vacina da Janssen, negociada pela Prefeitura de São Paulo, é considerada vantajosa por ser de dose única, diferentemente das vacinas em aplicação no Brasil, da Sinovac e da AstraZeneca. O imunizante foi aprovado nos Estados Unidos no último sábado (27).
Na quarta (24), a agência havia divulgado uma análise de eficácia da vacina em dose única que mostrou que o imunizante tem eficiência global de 72%, seis pontos percentuais acima do indicando preliminarmente.
Já a vacina da Pfizer apresentou uma eficácia de 95% e é a única a ter registro definitivo para uso no país —as outras possuem autorização emergencial. A fabricante chegou a enviar uma carta de intenção para a venda de 70 milhões de doses ao Brasil, mas a oferta foi recusada pelo Ministério da Saúde.
O governador de São Paulo, João Doria, afirmou que vai comprar 20 milhões de doses do imunizante.
A compra de doses pela prefeitura deve ajudar a aliviar os números da capital paulista, onde 18,8 mil pessoas já morreram pela Covid-19. A ocupação dos leitos de UTI está em 75,3%, e de enfermaria, em 63,5%. Em uma semana, os números de internações cresceram 22%.
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