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Surfistas e banhistas burlam proibição de frequentar praias no Rio de Janeiro

Maioria respeitou veto, mas algumas pessoas foram multadas e orientadas a se retirarem do mar

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Rio de Janeiro

Apesar da proibição de banho de mar no Rio de Janeiro, alguns banhistas e surfistas foram flagrados nas praias da Barra da Tijuca e do Recreio, na zona oeste da cidade, na manhã deste sábado (20). A maioria da população, no entanto, respeitou a regra.

Mulher posa para foto na praia de Ipanema, no Rio de Janeiro, mesmo com as restrições importas pela prefeitura - Ricardo Moraes/Reuters

Na região, a ação de fiscalização da prefeitura tentava retirar da areia e até do mar diversos praticantes do esporte. As medidas de restrições tentam conter o avanço da Covid-19 na cidade.

“A estratégia da Secretaria de Ordem Pública é ocupar previamente os pontos de acessos às praias. Na faixa de areia, são mais de 70 quilômetros de fiscalização necessária. Além da ocupação, também fazemos o patrulhamento. Neste ponto específico do Posto 12, no Recreio, o patrulhamento detectou a presença dessas pessoas de forma indevida”, disse o secretário municipal de Ordem Pública, Brenno Carnevale.

De acordo com Carnevale, os surfistas foram orientados pela fiscalização a saírem das praias e respeitaram o pedido dos agentes:

“Algumas pessoas foram multadas. O saldo [da fiscalização] foi positivo. A gente tem um dia de sol no final de semana no Rio de Janeiro, mas praias estão vazias e as pessoas estão contribuindo. A Guarda Municipal já na madrugada ocupou os principais acessos. Está aplicando multas e contando com a colaboração das pessoas”.

Enquanto os surfistas e banhistas burlavam as regras na zona oeste, as praias de Ipanema, Leme, Copacabana e Leblon permaneceram vazias ao longo da manhã deste sábado. Quem desrespeitar as regras e for para a areia está sujeito à multa de R$ 562,42.

O decreto da Prefeitura do Rio, publicado na sexta-feira (19) no Diário Oficial, determina o fechamento das praias cariocas. As novas medidas começaram a valer às 0h deste sábado e valem apenas para este fim de semana. No entanto, o prefeito Eduardo Paes (DEM) não descarta a hipótese de medidas mais severas a partir do início da próxima semana.

Em sua conta numa rede social, na manhã deste sábado, o prefeito Eduardo Paes relatou o momento de tensão que o Rio de Janeiro está vivendo.

“Aqui temos uma situação atípica: muitos leitos e infelizmente boa parte deles (especialmente na rede federal) desativados. Na rede municipal já estamos perto de 100% dos leitos existentes abertos para UTI de Covid-19.”.

Paes também voltou a criticar a estratégia de abertura dos hospitais de campanha. “Hospitais de campanha só serviram para --quando funcionaram-- consumir recursos públicos desnecessariamente e/ou muita corrupção, como podemos observar em várias situações”, escreveu o prefeito nas redes sociais.

Na tarde deste sábado, o governador interino do Rio, Cláudio Castro (PSC), reuniu-se com empresários para discutir medidas restritivas no combate a covid-19. Representantes do comércio, bares e restaurantes, supermercados, shoppings e hotéis do estado participaram do encontro, no Palácio Guanabara.

Uma das ações sugeridas é antecipar feriados de abril para criar um feriadão prolongado, de 26 de março a 4 de abril, e assim reduzir a circulação de pessoas nas ruas.

O governador também anunciou que na segunda (22) o estado distribuirá o maior lote de vacinas para seus 92 municípios do estado: 759,1 mil, a maioria delas de Coronavac.

Neste domingo (21), Paes participará de uma nova reunião com Castro. A expectativa é de que a prefeitura anuncie medidas mais duras para conter o coronavírus nesta segunda-feira (22).

“Na segunda espero anunciar novas medidas em consonância com o governo do estado. Na cidade do Rio elas virão. Nosso foco é na ciência e em salvar vidas. Entendemos a complexidade das nossas decisões mas esse é um momento de solidariedade e empatia”, escreveu o prefeito em sua conta no no Twitter,.

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