Ipen paralisa novamente produção de radiofármaco usado em exames médicos
Problema atinge geradores de tecnécio, necessários para diagnóstico de doenças; verba aprovada no Congresso ainda não foi disponibilizada
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
A produção de geradores de tecnécio, radiofármacos utilizados principalmente para diagnósticos de doenças, voltou a ser paralisada nesta semana pelo Ipen (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares), órgão vinculado ao MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações).
Segundo fonte ouvida pela Folha, a última entrega do radiofármaco ocorreu no dia 15. A previsão é que a produção volte a ser normalizada apenas em novembro.
O Ipen foi procurado e indicou que seria necessário obter informações oficiais com o MCTI. O Ministério, por sua vez, não respondeu até a conclusão da reportagem.
O Instituto sofre com paralisações na produção de medicamentos desde 20 de setembro, por conta do corte de verbas na CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear), órgão do qual o Ipen faz parte.
Para amenizar o problema, o governo federal liberou pouco mais de R$ 19 milhões em 22 de setembro. No entanto, esse valor só seria suficiente para duas semanas de trabalho, como afirmou Marcos Pontes, ministro do MCTI, no dia 27 em audiência na Câmara dos Deputados.
Já em 7 de outubro, o Congresso Nacional aprovou projeto de lei para providenciar R$ 63 milhões ao instituto. A verba, porém, ainda não foi disponibilizada ao Ipen, o que impede a importação do material radioativo, causando assim atrasos na produção do radiofármaco.
O gerador de tecnécio é um tipo de radiofármaco essencial para a medicina nuclear —especialidade que usa quantidades pequenas de materiais radioativos para o tratamento e o diagnóstico de várias enfermidades.
Ele é empregado principalmente em cintilografias para diagnóstico de doenças, como a de perfusão miocárdica, que indica se um paciente tem risco de sofrer ou não um infarto, explica George Coura, presidente da SBMN (Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear).
Receba notícias da Folha
Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber
Ativar newsletters