Pílula anti-Covid da Pfizer poderá ter genérico para facilitar acesso mundial
Acordo busca acelerar acesso a remédio que reduz chances de hospitalização
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A Pfizer permitirá que laboratórios concorrentes produzam versões genéricas de seu comprimido anti-Covid, que ainda depende da aprovação de autoridades regulatórias. A autorização está prevista em acordo de licença voluntária, anunciado nesta terça-feira (16), firmado entre a empresa americana e a organização Medicines Patent Pool (MPP).
Com a medida, fabricantes que obtiverem a sublicença poderão oferecer o antiviral em associação com ritonavir (utilizado contra o vírus da aids) em 95 países, o equivalente a pouco mais da metade da população mundial, segundo a Unitaid. A agência de saúde da ONU é uma das principais mantenedoras do MPP, organização que busca facilitar o acesso e o desenvolvimento de remédios.
Pelo acordo, a Pfizer não receberá royalties sobre as vendas efetuadas em nações de renda baixa. O mesmo se aplica aos demais países beneficiados pela cobertura enquanto a Organização Mundial de Saúde (OMS) mantiver a Covid-19 classificada como emergência de saúde pública.
Entre os beneficiários do acordo estão Bolívia, El Salvador, Haiti, Índia, Indonésia, Nigéria e Venezuela. O Brasil não consta da lista.
No começo deste mês, a empresa informou que a sua pílula para combater a Covid-19 reduz em 89% a probabilidade de hospitalização ou morte para adultos que apresentam risco de desenvolver a doença em forma severa. Seu uso se dá em combinação com o ritonavir.
O tratamento será vendido sob a marca Paxlovid e consiste de três pílulas ministradas em duas doses diárias.
A empresa planeja produzir mais de 180 mil doses até o mês que vem e mais 50 milhões, pelo menos, até o fim de 2022.
Com o acordo, a Pfizer avança na mesma área que a rival Merck Sharp & Dohme (MSD), que anunciou um pacto similar com a MPP para seu medicamento anti-Covid oral, o molnupiravir, que também apresenta eleva taxa de eficácia.
Os resultados promissores ainda precisam ser confirmados, destacou Esteban Burrone, diretor de elaboração de políticas da MPP, em entrevista à AFP. Mas em caso de validade, a disponibilidade "será uma questão de meses, e não de anos", declarou.
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