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Uma pessoa morreu em SP em decorrência do calor em 2023

Atendimentos por efeitos das altas temperaturas cresceram 102% em unidades de saúde no estado

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São Paulo

Os atendimentos médicos relacionados aos efeitos do calor aumentaram 102% na rede estadual de saúde de São Paulo entre janeiro e setembro deste ano, na comparação com o mesmo período no ano passado.

A pasta afirma ainda que o estado registrou uma morte relacionadas ao calor neste ano, por desidratação. Foram 312 atendimentos por conta do calor em 2023, contra 154 em 2022, de acordo com a Secretaria da Saúde.

O atendimento médico deve ser procurado quando há sintomas como sonolência, letargia, fraqueza, dores de cabeça persistentes e resistentes a analgésicos, tontura intensa, náusea, vômito e convulsões. Crianças pequenas podem apresentar outros sinais físicos, como leve depressão na região da moleira.

Poluição em São Paulo nesta sexta (22), dia mais quente do ano na cidade; temperatura máxima foi de 34,5ºC na capital, segundo o Inmet - Danilo Verpa/Folhapress

É importante beber muito líquido, principalmente água, e evitar se expor ao sol nas horas mais quentes, entre as 10h e as 16h. Para evitar um quadro de desidratação, a secretaria recomenda consumir no mínimo 1,5 litro a 2 litros de água por dia —que devem ser ingeridos ao longo de todo o dia e não de uma só vez.

Fora do normal para a época do ano, o calor extremo pode causar mal-estar, desconforto e outras alterações na saúde, que exige cuidados. A respiração, a pele, os rins e o coração são algumas das áreas do corpo mais afetadas pelo calor contínuo, segundo o médico Abrão Cury, da SBCM (Sociedade Brasileira de Clínica Médica).

Segundo ele, o calor provoca uma dilatação dos vasos sanguíneos, o que diminui a pressão e pode levar a uma sobrecarga na circulação. Se acompanhado de tempo seco, pode irritar também a mucosa respiratória.

Além disso, a transpiração aumenta naturalmente em períodos de calor, como mecanismo de defesa para refrescar o corpo, o que, de acordo com o médico, provoca perda de sais e pode ainda causar dermatite. A recomendação é usar roupas mais leves e se hidratar.

"Outra coisa no calor é que as pessoas pensam que bebida alcoólica serve como hidratante, mas o álcool também faz a pessoa perder líquido", diz Cury.

O aumento da transpiração e a baixa ingestão de água também são os principais responsáveis pelo aumento do risco de formação dos cálculos renais, dizem os especialistas. A falta de água no organismo dificulta a diluição da urina, o que aumenta a concentração de cristais no organismo.

O calor coloca em risco principalmente idosos, crianças de colo e pessoas com alterações cognitivas, que têm capacidade reduzida de perceber ou comunicar a sede e regular a própria temperatura.

São Paulo vive uma onda de altas temperaturas em pleno inverno —a primavera começa neste sábado (23). Na capital paulista, esta sexta (22) foi o dia mais quente do ano, com máxima de 34,7°C, segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).

As altas temperaturas e o clima seco fizeram o governo estadual recomendar que escolas da rede priorizem atividades com pouca exposição ao sol e exercícios menos intensos durante as aulas de educação física. O comunicado com as orientações foi enviado nesta semana às diretorias regionais de ensino.

Em vez de exercícios físicos, a Secretaria da Educação recomenda jogos de tabuleiros e de raciocínio, aulas teóricas sobre esportes e estudo de manifestações culturais como samba e hip-hop.

DICAS PARA MANTER-SE BEM NOS DIAS QUENTES

  • Hidrate-se
  • Não substitua água por bebidas alcoólicas
  • Faça refeições leves e frias mais vezes ao dia
  • Prefira ambientes arejados e evite aglomerações
  • Proteja-se do sol com chapéu, óculos escuros, roupas leves e protetor solar
  • Use soro fisiológico nos olhos e narinas
  • Não faça exercícios físicos em horários com maior incidência de raios UV, das 11h às 17h
  • Evite a exposição excessiva ao sol, pois pode causar mal-estar e insolação

Erramos: o texto foi alterado

O calor deixou uma pessoa morta no estado de São Paulo em 2023, não cinco, como divulgado anteriormente pela Secretaria de Saúde. O texto foi corrigido. 

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