Maior patrocinador da ginástica, Caixa revê apoio após denúncia de abuso
Caixa Econômica Federal está reavaliando contrato com a CBG após casos de abuso sexual
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O escândalo de abuso sexual na ginástica artística, que teria sido cometido pelo ex-técnico Fernando de Carvalho Lopes, pode ter um efeito nas finanças da CBG (Confederação Brasileira de Ginástica).
Seu maior patrocinador, a Caixa Econômica Federal avalia se manterá o apoio à entidade após o caso. O banco estatal é o principal maior apoiadora da CBG desde 2006 e renovou o vínculo para o período 2017-2020, prevendo neste novo contrato pagar um total de R$ 20 milhões.
Os R$ 5 milhões anuais que recebe do banco federal representam a maior parcela de patrocínio da entidade. A outra fonte de receita vem dos recursos distribuídos pela Lei Agnelo/Piva, com base nas verbas das loterias.
A previsão de repasse para 2018, feito de acordo com regras estabelecidas pelo COB, é de R$ 4,2 milhões.
Procurada pela Folha, a assessoria de imprensa da Caixa informou que as denúncias de abuso sexual que teriam sido cometidas por Lopes, divulgadas no Fantástico, da TV Globo, iniciaram um processo de análise do contrato de patrocínio com a CBG.
"Informamos que há cláusulas que resguardam a Caixa e o interesse público por ela tutelado enquanto entidade patrocinadora. A Caixa está avaliando todas as medidas cabíveis para a correta verificação dos fatos e consequências pertinentes", afirmou o banco, por meio de nota oficial.
Procurada pela reportagem, a CBG só se manifestou por meio de sua assessoria de imprensa.
A entidade alega que não pretende falar publicamente a respeito de patrocínios até que tenha uma reunião formal com a Caixa.
Além da questão financeira, a CBG também está preocupada com sua situação dentro do próprio COB.
Nesta quarta-feira (9), encerra-se o prazo que a CBG tem para apresentar suas explicações ao Conselho de Ética do comitê olímpico brasileiro.
Além de ser filiada ao COB, a CBG tem como prestador de serviço Marcos Goto, que é o coordenador técnico da entidade e também o treinador de Arthur Zanetti, campeão olímpico na prova de argolas em Londres-2012.
Goto, segundo depoimentos de ex-ginastas divulgados pelo Fantátisco, tinha conhecimento dos abusos sexuais cometidos por Lopes. Mas não tomou qualquer atitude e ainda fazia brincadeiras com os atletas supostamente abusados.
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