Maior campeão do surfe, Slater está fora de Tóquio-2020
Americano será espectador na primeira Olimpíada com a modalidade no programa
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A etapa de Pipeline do Mundial de surfe definiu o segundo representante dos Estados Unidos no torneio olímpico masculino da modalidade. Maior campeão da história do esporte, Kelly Slater, 47, não conseguiu classificação aos Jogos de Tóquio, no próximo ano.
O critério adotado foi a colocação no circuito em 2019. Os dois melhores de cada país obtiveram vaga, e as norte-americanas ficaram com Kolohe Andino, 25, e John John Florence, 27.
No Mundial, Florence compete com a bandeira do Havaí. Para efeitos olímpicos, no entanto, o território é considerado parte dos Estados Unidos, que não terão seu grande vencedor na histórica disputa no Japão, na praia de Tsurigasaki, em Chiba, a cerca de 60 quilômetros da capital.
Slater levou o Mundial 11 vezes, a última delas em 2011. Sua trajetória vitoriosa acabou inspirando Florence, que conquistou o título em 2016 e em 2017 e tirou do ídolo a vaga na Olimpíada.
A relação vai bem além da ligação fã-ídolo. Vizinhos no Havaí, bem pertinho das ondas que acabaram definindo o último classificado norte-americano, eles construíram uma ligação que faz Florence dizer: “Ele é quase como um tio”.
Depois de crescer vendo Slater competir e ganhar, o havaiano se tornou surfista profissional. Era visto como um atleta de muito talento, mas foi só se tornar um real concorrente ao título mundial depois de um retiro com o rival experiente.
“Fizemos uma viagem realmente bacana para as ilhas Marshall”, contou Florence sobre a jornada, retratada no filme “Proximity”. “Foi no momento em que eu estava desenvolvendo aquela mentalidade de que queria competir e descobrir o que fazer para vencer. Fiz um milhão de perguntas para ele.”
Naquele ano, o havaiano conquistou seu primeiro Mundial, conseguindo o bi na sequência. As contusões acabaram o tirando da disputa em 2018 e em 2019, mas ele voltou de uma cirurgia no joelho a tempo de obter a segunda vaga norte-americana na Olimpíada.
A primeira já era de Kolohe Andino, que chegou a Pipeline com chance até de título mundial. Na etapa derradeira do circuito, Slater avançou até as semifinais e foi mais longe do que Florence, que parou nas quartas, mas se manteve à frente na classificação da temporada.
Tríplice Coroa
O maior campeão do surfe teve uma campanha sólida em Pipeline. A trajetória até a semifinal, somada aos resultados obtidos por ele em Haleiwa e Sunset Beach, deu-lhe a Tríplice Coroa das provas do Havaí (que junta duas etapas do WQS e a disputa em Pipeline para um troféu de muito prestígio entre os atletas).
Foi um considerável prêmio de consolação para o surfista de 47 anos, que só poderá participar da Olimpíada como espectador. Suas chances de surfar nos Jogos de Tóquio acabaram em uma derrota para o brasileiro Italo Ferreira, que acabou ficando com o título mundial.
Feliz com a Tríplice Cora, Slater se recusou a lamentar a ausência em Tóquio. E deu a entender que disputará novamente o circuito em 2020, mesmo sem a vaga olímpica. "Acho que vou ter que dar mais uma volta", sorriu.
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