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Descrição de chapéu Coronavírus Tóquio 2020

COI estima gasto bilionário com adiamento da Olimpíada

Apesar de seguro, entidade fala em 'centenas de milhares de dólares'

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São Paulo

Um seguro de US$ 2 bilhões (R$ 10,2 bilhões) celebrado pelo COI (Comitê Olímpico Internacional) ajudará nos custos relacionados ao adiamento da Olimpíada de Tóquio para 2021. Ainda assim, será grande o prejuízo da alteração no calendário em decorrência da pandemia do novo coronavírus.

"Para nós, já está claro que teremos centenas de milhões de dólares (ao menos R$ 1 bilhão) em custos adicionais", afirmou o presidente do COI, Thomas Bach, em entrevista ao jornal alemão Welt.

O seguro de que dispõe a entidade é contra terrorismo, catástrofes naturais e pandemias. De acordo com Bach, ele cobre o cancelamento dos Jogos neste ano, não os custos envolvidos no estabelecimento das novas datas.

O presidente do COI, Thomas Bach, vê um custo alto na mudança - Denis Balibouse - 25.mar.20/Reuters

A conta não é simples. O custo oficial da Olimpíada, apontado por órgãos governamentais japoneses, era de US$ 12,6 bilhões (R$ 64 bilhões). Uma auditoria do governo apontou, no entanto, que já tinham sido atingidos US$ 28 bilhões (R$ 142 bilhões).

Ainda que seja legítima a discussão do que é efetivamente um gasto olímpico e o que é investimento na cidade, não há dúvida sobre o alto custo da mudança das competições de 2020 para 2021. Será necessário rever o que estava no planejamento do COI.

O comitê estimava um ganho de US$ 5 bilhões (R$ 25,4 bilhões) com os Jogos. Na última edição, em 2016, no Rio de Janeiro, a entidade afirmou, em sua prestação de contas, ter arrecadado US$ 3,7 bilhões (R$ 18,8 bilhões, na cotação atual).

A Olimpíada de Tóquio, adiada em razão da pandemia do coronavírus, será disputada de 23 de julho a 8 de agosto de 2021. Antes, os Jogos seriam realizados entre 24 de julho e 9 de agosto desse ano.

Também afetada, a Paralimpíada foi remarcada para o período de 24 de agosto a 5 de setembro de 2021.

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