Siga a folha

Descrição de chapéu Folhajus Copa América

Ministério Público do Trabalho abre investigação contra CBF

Denúncia de assédio feita por funcionária motivou afastamento de presidente Rogério Caboclo

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

São Paulo

Após denúncia de uma secretária que acusa Rogério Caboclo de assédio sexual, o Ministério Público do Trabalho do Rio de Janeiro (MPT-RJ) abrirá uma investigação contra o presidente afastado da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

O MPT tomou essa decisão na sexta (4), após a repercussão da denúncia protocolada pela funcionária à Comissão de Ética e Diretoria de Governança e Conformidade da CBF. Caberá ao procurador Artur de Azambuja conduzir o caso.

O órgão afirma, em nota à imprensa, que a violência e o assédio, segundo a Convenção 190 da OIT (Organização Internacional do Trabalho), são práticas intoleráveis no ambiente de trabalho e resultam em danos físicos, psicológicos, sexuais ou econômicos para a vítima.

“Vale lembrar, ainda, que o assédio sexual, além de constituir uma modalidade de violência e assédio baseada em gênero na Convenção da OIT, também está tipificado como crime no art. 216-A do Código Penal (Decreto-lei 2848/40)”, diz trecho do comunicado.

A pena prevista para o crime de assédio sexual, citado na nota, é de um a dois anos de detenção.

Após diligências, o MPT poderá oferecer denúncia à Justiça do Trabalho ou arquivar o caso.

No domingo, Caboclo foi afastado da presidência da entidade por 30 dias, a princípio. Ele terá que se defender no Conselho de Ética da CBF e, possivelmente, no MPT-RJ.

Após as diligências do MPT, caberá o arquivamento ou, caso contrário, oferecer denúncia à Justiça.

A autora da denúncia, que trabalhava como secretária do dirigente, detalhou os constrangimentos que sofreu.

De acordo com a funcionária, os abusos teriam começado em abril do ano passado. Ela afirma que algumas situações aconteceram diante de diretores da CBF.

Caboclo, segundo relato da funcionária à entidade, teria inventado relacionamentos amorosos dela com outras pessoas da confederação e feito perguntas de cunho pessoal.

A crise estourou na entidade há mais de um mês, quando a secretária pediu afastamento alegando motivo de saúde, mas chegou ao seu auge após a denúncia ser feita por ela na última sexta. Dirigentes de federações disseram à Folha na ocasião que a mulher tinha várias provas das atitudes do mandatário.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas