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Funcionária da CBF apresenta denúncia de assédio sexual contra Caboclo

Presidente teria tentado forçá-la a comer um biscoito de cachorro e a chamado de 'cadela'

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São Paulo

Uma funcionária da CBF apresentou nesta sexta-feira (4) denúncia contra o presidente da entidade, Rogério Caboclo. Ela o acusa de assédio moral e sexual, e os relatos foram feitos à Comissão de Ética e Diretoria de Governança e Conformidade da instituição.

O cartola sofre pressão de dirigentes de de federação para se afastar do cargo.

Rogério Caboclo ao tomar posse como presidente da CBF, em 2019
Rogério Caboclo ao tomar posse como presidente da CBF, em 2019 - Douglas Shineidr-9.abr.19/AFP

A colaboradora, que trabalha como cerimonialista, detalhou os constrangimentos causados pelo mandatário. Segundo depoimento dela, publicado pelo GloboEsporte.com, o cartola estava sob a influência de álcool em todos os episódios.

De acordo com a denunciante, os abusos teriam começado em abril do ano passado. Ela afirma que alguns constrangimentos aconteceram diante de diretores da CBF. Em um deles, Caboclo teria tentado forçá-la a comer um biscoito de cachorro e a chamado de “cadela”. Em outra ocasião, teria perguntado se ela se masturbava.

Caboclo, segundo relato da funcionária à entidade, teria inventado relacionamentos amorosos dela com outras pessoas da confederação.

A comissão de ética pode recomendar que a denúncia seja enviada às autoridades policiais e judiciais. Esportivamente, ele pode ser banido do futebol. Eleito em 2018, o presidente assumiu o cargo no ano seguinte para mandato que vai até 2023.

A denúncia de comportamento impróprio do dirigente, agora detalhado pela vítima como assédio moral e sexual, estourou há mais de um mês. Dirigentes de federações disseram à Folha que a funcionária tinha várias provas das atitudes do mandatário, inclusive fotos íntimas enviadas por ele.

Presidentes de entidades estaduais afirmaram também à reportagem que a situação de Caboclo pode se tornar insustentável e que o momento não poderia ser pior politicamente para o cartola, que tenta desmantelar uma revolta de jogadores que pode levar ao boicote da Copa América.

Ela foi contratada pela CBF em 2012, na administração de José Maria Marin e foi levada ao departamento de cerimonial pelo seu sucessor, Marco Polo Del Nero.

Por meio de nota distribuída pela CBF, os advogados de Rogério Caboclo disseram que "ele nunca cometeu nenhum tipo de assédio. E vai provar isso na investigação da Comissão de Ética da CBF". ​

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