Atleta que fugiu de delegação de Uganda é visto em Nagoya e quer ficar no Japão
Câmeras em estação de trem flagram Julius Ssekitoleko a 200 km do campo de treinamento
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Julius Ssekitoleko, atleta do levantamento de peso de Uganda que desapareceu na sexta (16), pode ter sido visto numa estação de trem de Nagoya, a 200 km de Izumisano, no oeste do Japão, onde ele estava.
Antes de fugir, Ssekitoleko deixou um bilhete no hotel dizendo que queria trabalhar no Japão porque a vida em Uganda estava difícil. Na nota, pede ainda que sua bagagem seja entregue à esposa em seu país. Segundo a polícia de Izumisano, o atleta comprou um tíquete de trem para Nagoya na manhã de sexta.
Ssekitoleko viajou com um celular na bagagem, mas seu passaporte ficou com a delegação de Uganda, que chegou ao Japão em 19 de junho, mais de um mês antes da abertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio.
Nagoya, provável refúgio de Ssekitoleko, reúne cerca de 150 moradores ugandenses, segundo dados do governo japonês referentes a 2020. Trata-se da segunda maior comunidade do país africano no Japão.
O atleta havia sido cortado da Olimpíada, e tanto ele como seu treinador retornariam a Uganda nesta semana. Ssekitoleko, porém, não apareceu na sexta-feira para o teste obrigatório de detecção da Covid-19. Segundo um companheiro de equipe, ele foi visto pela última vez por volta das 12h30 naquele dia.
De acordo com o protocolo sanitário da Olimpíada, os atletas só podem se deslocar para locais determinados, como centros de treinamentos e hotéis, de modo a evitar contato com a população local.
O desaparecimento de Ssekitoleko levantou questionamentos sobre a segurança dos Jogos, realizados em meio à pandemia de coronavírus. Segundo as autoridades japonesas, o último exame do ugandense, realizado na quinta-feira (15), teve resultado negativo para a Covid-19.
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