Pega no doping por maconha, estrela fica fora dos 100 m na Olimpíada
Sha'Carri Richardson, dona do 2º melhor tempo do ano, é flagrada em teste
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Dona do segundo melhor tempo do ano nos 100 m e candidata a estrela na Olimpíada de Tóquio, a velocista Sha'Carri Richardson, de 21 anos, teve o sonho olímpico desfeito. A norte-americana teve resultado positivo para THC (tetra-hidrocanabinol), o princípio ativo da maconha, em teste antidoping realizado na seletiva olímpica dos Estados Unidos. Segundo a Usada (Agência Antidoping dos Estados Unidos), ela aceitou a suspensão de um mês e teve o resultado na seletiva anulado.
"Quero assumir a responsabiidade por minhas ações", afirmou a velocista, em entrevista à NBC. "Não estou procurando uma desculpa", acrescentou.
Além do talento, Sha'Carri também chama a atenção pelo visual. Ela gosta de usar cabelos coloridos, cílios postiços, unhas compridas e maquiagem. Possui várias tatuagens pelo corpo. Mas o que realmente importa é o fantástico desempenho nas pistas nesta temporada.
Em abril, a velocista correu os 100 m em 10s72, cravando a segunda melhor marca da temporada e a sexta de todos os tempos. Vinha sendo preparada como a grande esperança dos Estados Unidos de voltar a reinar na chamada "prova mais nobre do atletismo". O país não conquista o ouro desde Atlanta-1996.
Sha'Carri iria competir nos 200 m na etapa de Estocolmo, na Suécia, da Liga Diamante. Mas acabou não aparecendo na lista de inscritas para o evento, realizado na quinta-feira (1º). Ainda sem justificativa para a ausência, a velocista tinha postado uma mensagem enigmática em sua conta no Twitter: "Eu sou humana". Retomou o pensamento nesta sexta-feira. "Não me julgue, porque sou humana. Sou como você. Acontece que corro um pouco mais rápido", afirmou à NBC.
Como o período de suspensão de Sha'Carri termina antes do início do atletismo olímpico, ela ainda pode disputar os Jogos de Tóquio, mas no 4 x 100 m. Para os 100 m, a USATF (federação de atletismo dos Estados Unidos) já convocou Jenna Prandini, que ficou em quarto lugar na seletiva.
"As regras são claras e isso é doloroso em muitos níveis", afirmou Travis Tygard, CEO da Usada.
A decisão de chamar Sha'Carri para a prova de revezamento caberia à USATF. Até seis corredoras fazem parte da equipe, sendo que quatro atletas são definidas pelas quatro primeiras posições da seletiva dos 100 m. Outras duas atletas são convocadas pelos treinadores.
Sha'Carri lamentou a ausência na prova individual. "Tenho 21 anos. Sou muito jovem. Ainda tenho muitos Jogos Olímpicos pela frente", afirmou ela. "Esta será a última vez que a Olimpíada não verá Sha'Carri Richardson. E será a última vez que os Estados Unidos voltarão para casa sem um ouro nos 100 m", acrescentou.
Com Reuters
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