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Descrição de chapéu paralimpíadas

Carol Santiago se torna brasileira com mais ouros em Paralimpíadas

Ela venceu a prova dos 50 m livre, na categoria S23, e conquistou sua 5ª medalha de ouro

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Paris

Carol Santiago, 39, fez história na Arena La Défense nesta segunda-feira (2). A pernambucana venceu os 50 m livre, categoria S13 (nadadores com deficiência visual menos severa), conquistando sua quinta medalha de ouro em Paralimpíadas. Ela cravou 26s75.

Ela ultrapassou, assim, Ádria Santos, do atletismo, que era a brasileira com mais primeiros lugares em Paralimpíadas (quatro).

Carol Santiago conquistou ouro nos 50 m livre em Paris - CPB

Questionada se caiu a ficha da marca alcançada, Carol respondeu que "ainda não". "Só vou avaliar e viver isso tudo quando a gente terminar aqui. Quando a gente vai se permitir viver e sentir tudo, todas as emoções do que a gente realizou aqui. Foi a mesma coisa em Tóquio", contou, ressaltando o trabalho psicológico realizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro.

"Eu tenho uma relação muito forte com nosso programa, com nosso trabalho. Independentemente se eu fosse passar [a marca da Ádria] ou não, a ideia era vir aqui e apresentar a nossa melhor natação, e se isso fosse suficiente para mais uma medalha de ouro seria uma alegria imensa, como foi", comentou a nadadora após a conquista.

Carol está uma classificação abaixo, S12 (nadadores com deficiência visual pequena, mas ainda assim significativa). Entre as oito finalistas, apenas Carol e a alemã Elena Krawzow eram da classe S12. O pódio da prova foi completado por Gia Pergolini (EUA) e Carlota Gilli, ambas S13.

Sobre essa questão de competir com nadadoras acima de sua categoria, ou seja, com menor deficiência visual, a atleta não sente tanta diferença. "Se eu não pudesse usar o ‘tapper’, acho que não daria para competir com as meninas. Podendo usar o ‘tapper’, todas temos duas pernas e dois braços, e eu sou muito bem treinada", avalia.

O "tapper" mencionado pela brasileira é o bastão com uma espuma na ponta, normalmente usado para atletas com deficiência visual na chegada e nas viradas de piscina (a cada 50 metros). "Acho que essas classes poderiam até ser juntas mesmo", diz sorrindo.

A pernambucana nasceu com síndrome de Morning Glory, uma condição congênita na retina que limita seu campo de visão. Ela praticou natação convencional até 2018, quando passou a competir no esporte paralímpico.

A paratleta só não voltou a bater o recorde paralímpico da prova. Na classificação pela manhã, a brasileira anotou 21s71, atual recorde paralímpico. Na final, ficou quatro centésimos acima. "É uma prova muito rápida, só vou conseguir dizer em que momento aumentei o tempo quando falar com a equipe, mas já imagino que [o problema] tenha sido na saída. Minha reação de saída na manhã foi muito mais rápida, mas é uma impressão minha."

A pernambucana volta à piscina de La Défense já nesta terça (3), nos 200 m medley. "Não é uma prova que eu consiga desenvolver tão bem. Mas colocamos para continuar na ativa. Fazer a mesma rotina de competição, mesma alimentação, mesmo descanso…", conta.

Carol terá ainda outras chances para ampliar suas marcas em Paris. Ela ainda cai na piscina nos 100 m livre S12 (quarta) e 100 m peito SB12 (quinta). E também disputará o revezamento misto 4x100 m 49 pontos (quarta).

Além de superar Ádria em medalhas de ouro, Carol entra no top 10 dos maiores medalhistas brasileiros com seu sétimo pódio, superando nomes como o do judoca Antônio Tenório.

Em Tóquio, ela ganhou cinco medalhas, três de ouro, uma de prata e uma de bronze —justamente na prova que venceu nesta segunda.

Confira os maiores medalhistas paralímpicos do Brasil

  • Daniel Dias: 27
  • André Brasil: 14
  • Clodoaldo Silva: 14
  • Adria Rocha: 13
  • Luiz Cláudio: 9
  • Odair Santos: 9
  • Phelipe Rodrigues: 9
  • Adriano Lima: 8
  • Terezinha Guilhermina: 8
  • Carol Santiago: 7

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