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Descrição de chapéu paralimpíadas

Irmãs gêmeas vibram com prata e bronze na natação

Débora (prata) e Beatriz (bronze) disputaram a final dos 100 m peito na categoria SB14

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Paris

Débora Carneiro, 26, ficou com a prata (1min16s02); Beatriz Carneiro, 26, levou o bronze (1min16s46). As irmãs gêmeas paranaenses vibraram juntas com o pódio duplo conquistado nesta segunda (2), na Arena La Défense, na prova dos 100 m peito, categoria SB14, nos Jogos Paralímpicos de Paris.

As irmãs também tiveram que enfrentar a nadadora da casa, a francesa Assya Maurin Espiau, incentivada durante toda a prova. Mas o ouro ficou com a britânica Louise Fiddes, com 1min15s47 —contra 1min1602 de Daniela e 1min16s46 de Bia.

A categoria SB14 é destinada para nadadores com deficiências intelectuais, que geralmente incluem um determinado nível de QI e pontuações de comportamento adaptativo.

Débora Carneiro conquistou a prata - Reuters

"A minha medalha é da cor da sua unha", brincou Bia, medalhista de bronze, com uma das jornalistas ao chegar na zona mista, após a prova.

"A gente tava combinando [o pódio duplo], mas era primeiro e segundo, mas a Fiddes passou na nossa frente, porque a gente morreu na volta", brincou Dani.

Bia e Débora só foram separados no pódio, quando uma ficou em cada ponta, com Fiddes entre elas, com a medalha de ouro. Antes mesmo do início da final, as duas se olharam e trocaram um soquinho com as mãos, para desejar sorte.

"Estávamos planejando esse pódio juntas desde que a convocação saiu, então tudo valeu a pena, valeu a pena, valeu a pena perder cabelo, errar no treino, valeu tudo", disse Bia. "E a gente agradece também ao nosso pai, que faz tudo isso acontecer pela gente, e toda vez que eu falar dele eu vou chorar, porque ele está comemorando o aniversário dele em Paris"; "61 anos", completou a irmã.

Pela manhã, Débora havia sido nove décimos mais rápida que a irmã. Bia, por sua vez, já havia conquistado uma medalha de bronze no domingo (1º), na equipe de revezamento 4x100 m livre misto (S14).

Beatriz ficou com o bronze - Reuters

"As medalhas são o presente do meu pai, fiquei com medo de ele enfartar na torcida", brincou Bia. "Essas medalhas do terceiro e do segundo têm o gostinho do primeiro."

Beatriz foi diagnosticada aos 6 anos com deficiência intelectual. Começou a nadar como hobby e, aos 12, passou a competir. Foi bronze na prova em Tóquio. Débora nasceu com deficiência intelectual com grau moderado. Começou a nadar aos 14 anos.

Em 2017, as irmãs começaram a participar de competições internacionais. Em Tóquio, Beatriz conseguiu o bronze nos mesmos 100 m peito; Débora ficou em quarto.

As irmãs não foram as primeiras premiadas em dupla na competição. Dois dias antes do pódio da família Carneiro, os irmãos franceses Alex Portal, 22 (prata), e Kylian Portal, 17 (bronze), também receberam medalhas juntos, na prova dos 400 m livre, categoria S13.

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