Descrição de chapéu paralimpíadas

Brasileira abandona prova do triatlo nas Paralimpíadas de Paris após quebra da cadeira de rodas

Equipe de Jéssica Messali já tinha conhecimento das condições do equipamento antes da competição

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São Paulo

A triatleta brasileira Jéssica Messali, 36, precisou abandonar a prova de triatlo disputada nesta segunda-feira (2) nos Jogos Paralímpicos de Paris após a cadeira de rodas utilizada por ela na terceira e última etapa, da corrida, quebrar. Jéssica estava na terceira colocação quando precisou abandonar a disputa.

"Isso é bem dolorido e estou sem palavras ainda. Podia acontecer em qualquer prova. Em sete anos de triatlo, isso nunca aconteceu e foi acontecer na prova mais importante da minha vida. Não tenho palavras para descrever", declarou a atleta à RFI.

A equipe de Jéssica já tinha conhecimento das condições do equipamento antes mesmo do início da disputa, mas optou por competir mesmo assim.

Uma atleta está competindo em uma handbike, deitada em uma posição reclinada. Ela usa um traje de competição com as cores da bandeira do Brasil e um capacete. A atleta sorri enquanto pedala, com as mãos segurando o guidão. O fundo é azul, com uma faixa da marca 'TOYOTA' visível.
Jéssica Messali durante a prova de triatlo dos Jogos Paralímpicos de Paris - Alessandra Cabral/CPB

"No dia 1º, chegamos ao local da prova para fazer o treinamento e nos deparamos com um problema na roda da cadeira de corridas dela. Desde então, começamos a fazer várias tentativas de reparo", disse José Junior, treinador de Jéssica, em vídeo publicado nas redes sociais.

Ele acrescentou que a busca pelo conserto entrou madrugada adentro, mas que não foi possível chegar a uma solução com "100% de efetividade".

"Então a gente optou por fazer a competição nessas condições, e ela vinha fazendo uma excelente prova", afirmou Júnior. Ele disse que, logo que começou a etapa da corrida, a cadeira "travou". "Agora ela vai assimilar tudo isso."

De Jaboticabal, no interior de São Paulo, Jéssica ficou paraplégica após um acidente de carro, em 2013.

Em 2021, a poucos meses dos Jogos de Tóquio, ela sofreu queimaduras nos pés e pernas, de 2º e 3º graus, durante uma sessão na sauna, e precisou amputar parte do pé.

Mesmo assim, conseguiu a quarta colocação na prova de triatlo nas Paralimpíadas disputadas no Japão.

3ª colocada no ranking mundial na sua categoria PTWC, para cadeirantes, Jéssica tem como maiores resultados o ouro na Copa do Mundo de Portugal (2019), a prata no Campeonato Mundial de triatlo (2021), e o bronze no Mundial em Abu Dhabi (2022).

As disputas do triatlo estavam previstas inicialmente para o domingo (1º), mas foram adiadas devido às condições ruins da água do Rio Sena.

O Brasil também conquistou nesta segunda-feira sua primeira medalha no triatlo em uma edição dos Jogos Paralímpicos, com a prata de Ronan Cordeiro na classe PTS5 (atletas com limitações físico-motoras).

O ouro ficou com o norte-americano Chris Hammer, e o bronze, com o alemão Martin Schulz.

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