Brasil conquista mais 11 medalhas e se mantém no top 5 das Paralimpíadas

Delegação brasileira registra quatro ouros, quatro pratas e três bronzes nesta segunda-feira (2)

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Paris

Depois de um domingo (1º) com uma rara ausência no lugar mais alto do pódio, o Brasil voltou a conquistar medalhas de ouro nos Jogos Paralímpicos de Paris-2024 nesta segunda-feira (2). Foram quatro títulos em três modalidades diferentes: natação, levantamento de peso e arremesso de disco.

O país fechou o dia com 11 medalhas, incluindo mais quatro de prata e três de bronze. No total, são 38 até o momento, o que assegura a permanência da delegação verde e amarela entre as cinco primeiras colocadas do quadro geral de medalhas, em quarto, atrás de China, Grã-Bretanha e Estados Unidos.

Posição de destaque também foi alcançada pela nadadora Carolina Santiago, que, ao conquistar o ouro na prova dos 50 m livre da classe S13, tornou-se a maior campeã da história do Brasil em Paralimpíadas. A brasileira era favorita na disputa, que considera sua especialidade.

"Esta é a minha prova paralímpica, a gente estava bem preparada. Ainda bem, porque eu fiquei muito nervosa antes de entrar aqui. Eu só queria fazer minha melhor natação e acho que poucas vezes nadei tão bem assim", afirmou Carolina.

Uma atleta brasileira está sorrindo enquanto coloca uma medalha ao redor do pescoço. Ela veste uma jaqueta amarela com detalhes verdes e está em um pódio, com uma multidão ao fundo. A atmosfera é de celebração e conquista.
Carolina Santiago comemora a conquista da medalha de ouro nos 50 m livre - Andrew Couldridge/Reuters

A pernambucana viajou a Paris com três ouros na bagagem, conquistados nos Jogos de Tóquio, em 2021, quando venceu os 50 m livre, os 100 m livre e os 100 m peito. Na capital francesa, ela já havia vencido os 100 m costas e, com o título desta segunda, chegou ao quinto ouro na carreira. E ainda pode mais, uma vez que vai disputar nos próximos dias os 200 m medley, os 100 m livre e os 100 m peito.

Ainda nas piscinas da Arena La Défense, Gabriel Araújo confirmou a previsão que ele mesmo havia feito antes do megaevento e conquistou seu terceiro ouro nesta edição dos Jogos, ao vencer os 200 m livre da classe S2.

Como o próprio nadador costuma descrever, ele amassou os adversários, com um tempo bem superior aos dos demais. Ele fechou a prova com 3min58s92, bem à frente do russo Vladimir Danilenko, que registrou 4min14s16 e ficou com a prata, e do chileno Alberto Diaz, bronze com 4min22s18.

A natação brasileira teve mais duas medalhas, com as gêmeas Bia e Débora Carneiro, que levaram, respectivamente, a prata e o bronze nos 100 m peito feminino SB14. O ouro ficou com a britânica Louise Fiddes, reverenciada no pódio pelas duas brasileiras. Bia e Débora repetiram o gesto do histórico pódio em que a ginasta Rebeca Andrade foi exaltada por Jordan Chiles e Simone Biles nas Olimpíadas.

A imagem mostra uma competição de esgrima em um grande estádio. No centro, um atleta está em posição de combate, enquanto dois árbitros se agacham próximos ao chão, observando a ação. O público está visivelmente presente nas arquibancadas, com muitas pessoas assistindo ao evento. Telas digitais estão visíveis ao fundo, exibindo informações sobre a competição.
Britânica Louise Fiddes é reverenciada pelas brasileiras Débora e Bia Carneiro - Andrew Couldridge/Reuters

"Eu me sinto emocionada por carregar uma medalha. Só a gente sabe o que a gente sofre, que a gente perde festa, perde muita coisa para estar aqui. A natação é nossa vida. Eu me sinto muito honrada", disse Bia.

No Stade de France, o Brasil assegurou outras duas medalhas de ouro. Primeiro com Claudiney Batista no lançamento de disco classe F56, que lhe rendeu o novo recorde mundial, com 46,86 m. E, depois, com Beth Gomes, que dominou a final do lançamento de disco F53. Mais cedo, a brasileira já havia assegurado uma medalha, a prata no arremesso de peso F54.

"As duas provas são cansativas, por conta da minha patologia, pela fadiga. Eu tive pouco tempo de descanso. Saí daqui de manhã após a prova e fui à Vila Paralímpica para almoçar e me recuperar, tomar um banho. Mas, graças a Deus, eu consigo driblar tudo isso", afirmou Beth.

O Brasil teve ainda as medalhas de prata conquistadas por Renan Cordeiro no triatlo PTS5 e por Aser Ramos, no salto em distância classe T36, além do bronze de Vinícius Rodrigues nos 100 m T63.

No badminton, Vitor Tavares levou o bronze ao superar Chu Man Kai, de Hong Kong.

Por fim, além dos brasileiros que subiram no pódio, Bruna Alexandre assegurou mais uma medalha para o Brasil ao avançar para as semifinais do tênis de mesa. Como não há disputa do terceiro lugar na modalidade, ela certamente colocará um prêmio no pescoço; só ainda não sabe de que cor.

A brasileira disputa a semifinal nesta terça-feira (3), contra a australiana Yang Quian, às 8h45 (de Brasília).

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