Italiano Toto Schillaci, artilheiro da Copa de 1990, morre aos 59 anos
Ícone da seleção anfitriã daquele Mundial, jogador passou por grandes clubes da Itália e sofreu com lesões e polêmica fora de campo
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O ex-atacante da seleção italiana Salvatore "Toto" Schillaci, artilheiro da Copa da Itália, em 1990, morreu aos 59 anos, anunciou nesta quarta-feira (18) a Federação Italiana de Futebol.
Todas as partidas disputadas no país entre esta quarta-feira e domingo (22) respeitarão um minuto de silêncio em homenagem ao atleta.
"Ele fez um país inteiro sonhar durante as noites mágicas da Copa do Mundo de 1990. A Inter de Milão está ao lado da família Schillaci após a morte de Toto", afirmou o atual campeão italiano, clube que o atacante defendeu entre 1992 e 1994.
"As comemorações de seus gols, que viraram símbolo de alegria coletiva, permanecerão para sempre como um legado do futebol italiano", afirmou o presidente da federação, Grabriele Gravina.
Schillaci enfrentava há alguns meses um câncer de cólon e havia sido hospitalizado na UTI na semana passada.
Segundo a imprensa italiana, o ex-jogador morreu no Hospital Cívico de Palermo.
Toto Schillaci estreou como profissional no Messina, em sua Sicília natal, e também jogou pela Juventus, de 1989 a 1992.
"Na Juve, tivemos a sorte de nos emocionarmos com ele antes que, naquele verão incrível de 1990, toda a Itália se emocionasse, encantada com as suas comemorações maravilhosas e enérgicas", recordou o clube de Turim, com o qual Schillaci conquistou a Copa da Uefa em 1990.
O grande momento da carreira do atacante aconteceu na Copa do Mundo disputada na Itália, da qual foi artilheiro com seis gols.
A "Squadra Azzurra" chegou às semifinais do torneio, mas foi eliminada pela Argentina de Diego Maradona (1 a 1 no tempo regulamentar e prorrogação, 4 a 3 nos pênaltis). Schillaci fez o gol italiano na partida.
Ele disputou 16 partidas pela seleção italiana e fez sete gols.
O italiano encerrou a carreira em 1997 no campeonato japonês.
Declínio, polêmica e retomada da carreira
A partir de 1992, a carreira do artilheiro da Copa entrou em declínio. Enfrentou uma depressão, e as coisas ficaram piores no ano seguinte.
Gianluigi Lentini foi comprado pelo Milan como a maior transação da história do futebol até então: 15 milhões de euros (R$ 91 milhões pela cotação atual) em 1992. Sofreu grave acidente automobilístico no ano seguinte e ficou em coma. Quando a imprensa chegou ao hospital, havia uma mulher deixando discretamente o local, às lágrimas. Todos os dias, ela visitava o jogador, sempre de óculos escuro e usando chapéu. Alguns repórteres estranharam e pesquisaram a história.
Era Rita Schillaci, mulher de Totó.
No ano seguinte, como que para tentar enterrar o passado, foi o primeiro italiano a se transferir para a J-League. Assinou com o Jubilo Iwata. Voltou a ser campeão e reconquistou o que havia perdido na terra natal: o respeito dos colegas, o carinho da torcida e o amor-próprio.
Schillaci pendurou as chuteiras em 1999. Abriu escola de futebol em Palermo e passou anos fugindo da imprensa.
(Colaborou Alex Sabino)
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