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Cinema

Versão infantil do Dr. Doolittle corre o risco de passar batida

Exibido no Brasil somente com cópias dubladas, 'A Pequena Travessa' é bom para crianças bem pequenas

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A Pequena Travessa (Liliane Susewind - Ein tierisches Abenteuer)

Avaliação: Regular
  • Quando: Estreia nesta quinta (11)
  • Elenco: Malu Leicher, Aaron Kissiov, Felice Ahrens
  • Produção: Alemanha, 2018
  • Direção: Joachim Masanneck

Traduzido do alemão, o título do filme seria “Liliane Susewind: Uma Aventura Animal”. No Brasil, batizado com o insosso “A Pequena Travessa”, a produção corre o risco de passar batida nos cinemas. Mas é um bom entretenimento para crianças pequenas.

Bem pequenas, é bom dizer. A história da menina Liliane, cândida, fofa e com o poder de conversar com os animais, é simples, com meninos bacanas, adultos caricatos e uma vilã afogada em clichês. A divisão 
entre bonzinhos e malvados é facilmente reconhecível.

Liliane muda de cidade com o pai, a mãe e o vira-lata Bonsai, seu melhor amigo e confidente —de verdade. Ela conversa com o cachorrinho e com qualquer animal. É a versão infantil do Dr. Doolittle.

São duas as adaptações cinematográficas do Dr. Dolittle. Uma boa, com Rex Harrison, e outra ruim, com Eddie Murphy, que certamente inspiraram “A Pequena Travessa”. Ambas são superproduções, o que não se aplica a esse filme alemão de baixo orçamento, cenários mambembes, animais virtuais criados com pouco cuidado e atores com desempenho de peça infantil sem muito capricho.

No entanto, a história é tão redondinha que funciona. Na nova cidade, Liliane encontrará uma espécie de
zoológico mantido por uma mulher considerada maluca.

Os animais do lugar estão sumindo aos poucos, e os que sobraram pedem auxílio a Liliane. Com uma turma mirim improvisada com seus colegas de escola, munidos de bicicletas como na série “Stranger Things” e no filme “It”, a menina vai tentar descobrir quem está roubando os bichos.

Malu Leicher, encantadora e ruiva, leva o papel principal com segurança. Em relação aos adultos do elenco, ela e as outras crianças na tela têm a vantagem de uma atuação natural. Os atores mais velhos seguem um jeito meio abobalhado de falar e se comportar, numa caricatura desnecessária e muitas vezes irritante.

O diretor Joachim Masanneck, um especialista em produções infantis e juvenis para o cinema e a televisão na Alemanha, deveria ter concentrado mais a ação nas crianças. São as sequências protagonizadas por elas que dão ritmo e leveza ao filme.

“A Pequena Travessa” está sendo exibido no Brasil apenas em cópias dubladas. Decisão acertada. Seu público alvo ainda não sabe ler com destreza.

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