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Descrição de chapéu Rock in Rio

Slayer se despede com fumaça, 'chuva' de cerveja e bate-cabeça no Rock in Rio

Em última turnê antes da aposentadoria, banda fez um dos shows mais lotados do palco secundário

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Rio de Janeiro

Um misto ansiedade pairava pelo palco Sunset do Rock in Rio, à espera do show do Slayer. A banda de heavy metal, que está fazendo sua última turnê antes da aposentadoria, tocou esta semana com casa lotada em São Paulo e nesta sexta (4) se despediu do Brasil.

Não demorou duas músicas para que sinalizadores de luz e fumaça aparecessem no meio do público, que estava completamente em festa. Foi um dos shows mais lotados do palco secundário do Rock in Rio nesta edição."E aí, porra?", perguntou o vocalista e baixista Tom Araya, antes de puxar "War Ensemble", música de 1990. A plateia, já em êxtase, respondeu cantando o nome da banda, numa prática que se repetiu ao fim de cada performance.

Show do Slayer no palco Sunset do Rock in Rio - Adriano Vizoni/Folhapress

O refrão de "Seasons in the Abyss", que o público cantou junto, foi uma evocação à loucura. Os gritos de "abre a roda!" só aumentavam, conforme se abriam os espaço para o bate-cabeça.

Com as mãos sempre levantadas e as palmas constantes, a atmosfera se assemelhou a de um jogo de futebol raro, como uma final de campeonato. Mesmo em um espaço amplo como o do palco Sunset, foi difícil ficar perto do palco sem ser empurrado por alguém.

O Slayer teve, até agora, o show mais pesado do "dia do metal". Assim como o Sepultura –e também Anthrax, Megadeth e Metallica, as duas últimas ausentes deste Rock in Rio–, a banda americana é uma das grandes da história do thrash metal, o estilo mais veloz e agressivo do metal.

As músicas rápidas e gritadas parecem ainda mais aceleradas no palco. A sensação foi das mais recentes, como "Repentless", faixa-título do último disco do grupo, de 2015, mas também canções seminais do thrash dos anos 1980, como "Hell Awaits", "South of Heaven" e a clássica "Raining Blood".

A cenografia só amplificou o clima demoníaco, com caveiras gigantes, sangue e luzes sempre vermelhas. O guitarrista Gary Holt tocou com a frase "kill the Kardashians" –em referência à famosa família americana de socialites– estampada na camiseta.

Holt é o substituto de Jeff Hanneman, guitarrista histórico e um dos fundadores do Slayer, que morreu em 2013.Pode não ter sido o maior e nem o mais épico, mas o show do Slayer foi provavelmente o mais eufórico deste Rock in Rio. Depois de muito suor e cerveja atirada para o alto, a banda saiu do palco lentamente, como é próprio das despedidas definitivas.

Tom Araya e seus companheiros ficaram um tempo no palco, basicamente olhando calados o público. Em português, o vocalista disse: "Vou sentir saudades."

Foi como comentou um fã, já a caminho do Iron Maiden. "Depois dessa pancadaria, ele vem e te quebra o coração."

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