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Cinema

'Jogo Assassino' promete ser grande thriller, mas roteiro não se sustenta

Henry Cavill e Alexandra Daddario vivem policiais atrás do sequestrador de uma garota que se matou

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Jogo Assassino

Avaliação: Bom
  • Onde: Telecine
  • Elenco: Henry Cavill, Ben Kingsley, Alexandra Daddario
  • Direção: David Raymond

Muito de vez em quando, o cinema de suspense sofre um abalo sísmico que pode alterar as estruturas do gênero, influencia filmes subsequentes e entra para história. Exemplos disso são “Dublê de Corpo”, de 1984, “O Silencio dos Inocentes”, de 1991, “Seven: Os Sete Crimes Capitais”, de 1995, e “Onde os Fracos Não Tem Vez”, de 2007, entre alguns outros.

É nesse subgênero —que congrega thriller, policial, assassinatos brutais— que se inscreve “Jogo Assassino”, de David Raymond. O filme estreou aqui em setembro de 2019, mas não chegou a chamar atenção nos cinemas.

Com um elenco de estrelas de segunda grandeza, a produção começa muito bem, indicando que podemos estar à frente de um desses filmes raros.

Cena do filme 'Jogo Assassino' - Reprodução

Henry Cavill e Alexandra Daddario interpretam os policiais atrás do sequestrador de uma garota que se matou depois de fugir do cativeiro. Cavill é homem de ação, enquanto Daddario trabalha no departamento que constrói perfis psicológicos de assassinos.

Paralelamente, Ben Kingsley é um ex-juiz que, com a ajuda de uma ninfeta, papel de Eliana Jones, caça predadores sexuais de garotinhas. As duas histórias vão acabar se encontrando.

Essa primeira parte de “Jogo Assassino” tem uma boa dose de tortura, porões infectos, gente esquisita, bebês em perigo, mudanças surpreendentes e alguns sustos. Ou seja, maldade suficiente para um bom sábado à noite com pipoca. Infelizmente, a história não se sustenta e cai demais na metade final.

O diretor David Raymond é estreante em longas e, além disso, foi quem escreveu o roteiro. A direção não compromete em nada a obra, mas algumas das soluções encontradas pelo texto são bem irreais e não dá para acreditar nem de mentirinha.

Por exemplo, a perseguição de Kingsley ao carro de polícia, que vai iniciar a conclusão do filme, é um ato completamente desnecessário. Ou a morte da policial negra na cena do lago, uma cena constrangedora.

Assim, a produção acaba se tornando um filme ordinário, sem nuances ou força para que você se lembre dele alguns dias depois. O começo promissor, no entanto, faz valer a sessão e, em comparação à produção hollywoodiana média, é possível dizer que “Jogo Assassino” é um bom filme.

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