Siga a folha

Viagem de Mario Frias a Nova York teve motivo 'esdrúxulo', diz Randolfe

Senador pede que TCU investigue idas do secretário da Cultura e de assistentes aos Estados Unidos

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

São Paulo

Líder da oposição no Senado, o senador Randolfe Rodrigues acionou nesta segunda (21) o Tribunal de Contas da União pedindo investigação das viagens recentes de Mario Frias, secretário especial da Cultura, e de seus assessores para os Estados Unidos. O requerimento pede imediato ressarcimento ao erário do que o senador chama de "gastos indevidos" de dinheiro público.

Em dezembro, Frias foi a Nova York para uma reunião com o lutador bolsonarista Renzo Gracie —a viagem custou R$ 39 mil aos cofres públicos. O secretário viajou acompanhado de seu adjunto, Hélio Ferraz, que gastou outros R$ 39 mil. Na ocasião, a dupla também encontrou produtores responsáveis por turnês de espetáculos da Broadway na Ásia.

O secretário especial de Cultura, Mario Frias, em evento no Palácio do Planalto - Pedro Ladeira -13.dez.2021/Folhapress

Poucas semanas depois da turnê de Frias por Nova York, seu braço direito, André Porciuncula, gastou R$ 20 mil numa viagem de cinco dias a Los Angeles para fazer apenas duas reuniões. O ex-PM hoje controla a Lei Rouanet.

Os gastos podem ter sido triplicados, já que ele embarcou com mais dois assessores da pasta, Gustavo Torres, do Ministério do Turismo, e o secretário do Audiovisual, Felipe Pedri. Frias só não viajou para Los Angeles com a equipe porque recebeu um diagnóstico positivo de Covid-19.

No requerimento, Randolfe chama de "esdrúxulo" o motivo da viagem de Frias para Nova York e diz que a reunião com o lutador poderia ter sido feita virtualmente.

"Sabendo-se que a inflação bateu marca histórica no ano de 2021, que mensagem passam o presidente e seus auxiliares mais diretos à população, que não tem dinheiro sequer para comer, ao possibilitar que autoridades públicas, mesmo sem qualquer justificativa razoável do ponto de vista do melhor interesse público, façam viagens internacionais desnecessárias e com altíssimos custos?", escreve o senador no documento.

As viagens estão desgastando a imagem de Frias. Sua saída da Cultura é dada como certa nos bastidores do governo. A mais cotada para assumir seu lugar é Larissa Peixoto, atual presidente do Iphan, o órgão do patrimônio.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas