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Wesley Safadão e Murilo Huff têm shows investigados no interior do Acre

Investigação surgiu depois que a Prefeitura de Cruzeiro do Sul, a 636 km de Rio Branco, reduziu salário de funcionários

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Ribeirão Preto

O Ministério Público do Acre está investigando a Prefeitura de Cruzeiro do Sul, a 636 quilômetros de Rio Branco, por contratar Wesley Safadão e Murilo Huff, astros do forró e do sertanejo, para um show com cachês bancados pelos cofres públicos.

Wesley Safadão e Murilo Huff - Instagram/Reprodução

A investigação, instaurada no dia 2, surgiu depois que a prefeitura publicou, no fim de maio, um decreto afirmando que a cidade enfrenta anormalidade financeira e, por isso, reduzirá em 10% os salários do prefeito, do vice-prefeito, dos secretários e dos funcionários comissionados, o que geraria uma economia de R$ 300 mil ao longo de um ano.

O cachê dos cantores não foi revelado. A reportagem procurou a prefeitura e o governo do Acre, que não se manifestou até o momento da publicação. Ao G1 o governo estadual afirmou que ainda avalia se o financiamento das apresentações será feito por iniciativa privada ou pública. Já a prefeitura diz que as contratações são legais e condizem com a realidade econômica do município.

Os cantores não podem ser punidos caso haja alguma ilegalidade, segundo advogados ouvidos pela reportagem.

Cruzeiro do Sul, com 90 mil habitantes, enfrentou no início do ano uma enchente do rio Juruá que deixou 4.000 desabrigados. Eles ficaram nas escolas da cidade, motivo pelo qual, no início do ano letivo, as aulas precisaram voltar remotas.

Os shows de Wesley Safadão e Murilo Huff estão marcados para ocorrer entre 1º e 4 de setembro durante a Expoacre Juruá, que também terá montarias de rodeio e celebrações religiosas por um ingresso que pode ser obtido por meio da doação de dois quilos de alimentos não perecíveis.

A investigação ocorre em meio a uma polêmica chamada "CPI do sertanejo" em torno de cachês milionários pagos por prefeituras Brasil afora a cantores sertanejos, sobretudo a Gusttavo Lima, o pivô da discussão, com shows investigados pelo Ministério Público e cancelados.

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