Névoa em pinturas de Monet e Turner é poluição industrial, diz novo estudo
Pesquisa analisou quase cem obras dos dois artistas e percebeu transformações que acompanham mudanças no ar europeu
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Um estudo publicado na última terça (30) na revista Proceedings of the National Academy of Sciences analisou quase cem pinturas dos impressionistas Monet e Joseph Mallord William Turner e concluiu que, à medida que a poluição do ar aumentava na Europa, os céus de seus quadros ficavam mais nebulosos.
Os artistas viveram durante a Revolução Industrial na Europa dos séculos 18 e 19. A industrialização transformou de forma drástica a paisagem de Londres e Paris, onde viveram os pintores. As indústrias movidas a queima de carvão escureceram os céus do continente com poluentes como o dióxido de carbono.
O estudo percebeu mudanças no estilo e no uso da cor nas obras dos pintores que condizem com as mudanças vistas na Europa.
"Pintores impressionistas são conhecidos por serem particularmente sensíveis a mudanças na luz e no ambiente. Faz sentido que eles sejam muito sensíveis a não só as mudanças naturais no ambiente, mas também às feitas pelo ser humano", disse a cientista atmosférica Anna Lea Albright, que conduziu o estudo, ao jornal americano The Washington Post.
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